05/12/2012

Características e classificação dos Aços

São os materiais metálicos quantitativamente mais empregados na indústria. São ligas ferro-carbono, podendo ter elementos de liga adicionados propositadamente ou residuais (decorrentes do processo), dependendo das propriedades necessárias. Depois do ferro, o carbono é o elemento mais importante, que é o determinativo do aço. A quantidade de carbono é um dos principais fatores que definem a classificação em aço doce ou duro.Os outros principais elementos de liga encontrados em todos os tipos de aço, em maior ou menor quantidade, são o silício, o manganês, o fósforo e o enxofre. São empregados em equipamentos para a indústria mecânica, como em veículos de transporte de toda natureza, aparelhos elétricos e eletrônicos, eletrodomésticos e em máquinas em geral, além de ter grande aplicação na construção civil.

Chamado também de aço especial - o aço liga - é composto de uma liga de ferro-carbono com elementos de adição (níquel, cromo, manganês, tungstênio, molibdênio, vanádio, silício, cobalto e alumínio) para conferir a esse aço características especiais, tais como: resistência à tração e à corrosão, elasticidade e dureza, entre outras, tornando-os melhores do que os aços-carbono comuns. 

A adição de elementos de liga tem o objetivo de promover mudanças microestruturais que, por sua vez, promovem mudanças nas propriedades físicas e mecânicas, permitindo que ao material desempenhar funções específicas. 
Os aços-liga costumam ser designados de acordo com os elementos predominantes, como, por exemplo, aço-níquel, aço-cromo e aço-cromo-vanádio. Seguem a mesma classificação dos aços-carbono, dividindo-se também em graus, tipos e classes. Os sistemas de classificação também são os mesmos, destacando-se os sistemas SAE, AISI, ASTM e UNS. 
Os aços-liga podem ser encontrados em praticamente todos os segmentos industriais, desde a construção civil até a construção naval, passando pelas indústrias petrolífera, automobilística e aeronáutica. 
Aços de alta liga são aqueles cuja soma dos elementos ultrapassa 5%. Três grupos podem representar os aços ligados: aços temperados e revenidos, aços tratáveis termicamente e aços resistentes à corrosão e ao calor.


O AISI  (American Iron Steel Institute) é o sistema americano para a classificação dos aços. Na prática, o sistema de classificação mais adotado é o SAE-AISI. Nele, o aço carbono é identificado pelo grupo 1xxx. 
Os algarismos base para os vários aços-carbono e aços ligados e as porcentagens aproximadas dos elementos de liga mais significativos recebem classificação da seguinte forma:

  • 10xx - aços-carbono;
  • 11xx - aços-carbono com muito enxofre e pouco fósforo;
  • 12xx - aços-carbono com muito enxofre e muito fósforo;
  • 13xx - manganês (1,75%);
  • 23xx - níquel (3,5%);
  • 25xx - níquel (5%);
  • 31xx - níquel (1,5%), cromo (0,6%);
  • 33xx - níquel (3,5%), cromo (1,5%);
  • 40xx - molibdênio (0,2 ou 0,25%);
  • 41xx - cromo (0,5; 0,8 ou 0,95%), molibdênio (0,12; 0,2 ou 0,3%);
  • 43xx - níquel (1,83%), cromo (0,5 ou 0,8%), molibdênio (0,25%);
  • 44xx - molibdênio (0,53%);
  • 46xx - níquel (0,85 ou 1,83%), molibdênio (0,2 ou 0,25%);
  • 47xx - níquel (1,05%), cromo (0,45%), molibdênio (0,25%);
  • 48xx - níquel (3,50%), molibdênio (0,25%);
  • 50xx - cromo (0,28% ou 0,40%);
  • 51xx - cromo (0,80, 0,90, 0,95, 1,00 ou 1,05%);
  • 61xx - Cromo (0,80 ou 0,95%), vanádio (0,10 ou 0,15%);
  • 86xx - Níquel (0,55%), cromo (0,50 ou 0,65%), molibdênio (0,20%);
  • 87xx - Níquel (0,55%), cromo (0,50%), molibdênio (0,25%);
  • 92xx - Manganês (0,85%), silício (2,00%);
  • 93xx - Níquel (3,25%), cromo (1,20%), molibdênio (0,12%)
  • 94xx - Manganês (1,00%), níquel (0,45%), cromo (0,40%), molibdênio (0,12%);
  • 97xx - Níquel (0,55%), cromo (0,17%), molibdênio (0,20%);
  • 98xx - Níquel (1,00%), cromo (0,80%), molibdênio (0,25%);

  • Os dois números representados pelas letras "xx" indicam a quantidade de carbono do aço. Por exemplo: o aço 1020 apresenta 0,2% de carbono. 
    Os aços que possuem requisitos de temperabilidade adicionais recebem um H após a sua classificação.

    04/12/2012

    Laboratório Brasileiro de Excelência em Tecnologia de Soldagem


    A Petrobras assinou na última terça-feira (27) termo de cooperação com o Senai, no valor de R$ 11,5 milhões, para implantação do Laboratório Brasileiro de Excelência em Tecnologia de Soldagem, no Rio de Janeiro (RJ). A estrutura atenderá às necessidades de pesquisa, desenvolvimento e qualificação de processos da área e será o primeiro laboratório deste tipo na América Latina.
    O investimento em processos de soldagem caracteriza um avanço para a implantação de projetos do segmento de petróleo, já que a atividade é considerada essencial em diversas obras em construção no Brasil. As tecnologias desenvolvidas no laboratório contribuirão para o aumento da produtividade, impactando positivamente os custos e a entrada em operação de empreendimentos. 
     
    A infraestrutura inclui processos robotizados e tecnologia a laser que permitem desenvolver conhecimentos e técnicas inéditas de soldagem e montagem para dutos, equipamentos e chapas. Tais recursos possibilitarão ao Senai se posicionar entre os mais conceituados laboratórios de soldagem do mundo e dar suporte às demandas do mercado de óleo e gás com soluções antes desenvolvidas fora do país. Além disso, será possível multiplicar os conhecimentos acumulados com a formação de mão de obra especializada, cada vez mais demandada pelo mercado nacional. 

    O termo de cooperação tem duração de 36 meses. 

     
    Integrante do Programa Tecnológico de Transporte (Protran), da Petrobras, o laboratório será instalado no Centro de Tecnologia Senai Solda, no Maracanã. O início das atividades está previsto para o primeiro semestre de 2013. O termo de cooperação tem duração de 36 meses. 

    Fonte: Assessoria de imprensa

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