18/07/2008

Mecânica de automóveis já é trabalho de mulher!

As mulheres já estão invadindo também o universo da mecânica de automóveis, outro reduto profissional tipicamente masculino. Quem vê a carinha de menina, não diz que Angela Demetrio é uma técnica em automobilística e trabalha em uma das maiores autorizadas da Ford, em Santa Catarina, no setor de mecânica. Ela é a única na ativa na Grande-Florianópolis que se tem conhecimento. Com apenas 21 anos, formada pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) em dezembro de 2006, ela já atua no ramo há mais de um ano. Angela enfrenta milhares de desafios diários e, por se tratar de uma mulher com força física inferior a da maioria dos homens, às vezes, precisa aceitar seus limites e pedir ajuda para afrouxar alguns parafusos e porcas. “Mas fico furiosa comigo quando isso acontece”, confessa a menina-mulher que já ensaia seus primeiros passos rumo a um futuro que ela pretende construir cursando a faculdade de engenharia. Na juventude tudo é possível. Preconceito e discriminação são atitudes que boa parte dos jovens pretende banir do mundo. Algumas mulheres são levadas a assumirem “papéis masculinos” pela necessidade, mas outras o fazem por enfrentamento. No entanto, não se pode negar que o mundo inteiro está reavaliando uma série de conceitos. Alguns homens também já estão entrando em territórios dantes femininos e desbancando muitas de nós na cozinha e em outras atividades domésticas. Os dois sexos estão se permitindo experimentar a vida na esperança sempre de alcançar a harmonia, o bem estar. “A profissão tem outros desafios que todos nós enfrentamos. A tecnologia de automóveis se renova quase que diariamente. A gente está sempre tendo que aprender mais e mais. Não se pode reclamar de rotina”, explica a mecânica. Angela já passou por cursos em São Paulo e Porto Alegre de elétrica básica e em equipamentos de diagnóstico – que fazem leitura de problemas com injeção eletrônica, por exemplo. Os colegas de trabalho dizem que ela é companheira deles e não fazem distinção de sexo. Eles se ajudam mutuamente para atingir a satisfação do cliente que é o objetivo final da equipe. Ela não tem pressa de aprender e está sempre pronta para ir onde seu gerente a enviar e trabalha em outras lojas sempre que solicitada. “Estou sempre aprendendo com gente que está no ramo há muito mais tempo que eu”, esclarece a profissional. Angela não sabe se os colegas já se acostumaram a sua presença. “Eu vim na cara e na coragem para enfrentar qualquer coisa, mas acredito que eles me levam a sério”, completa. Como Angela foi parar na oficina: Angela chegou na empresa para trabalhar na recepção. Como a garota sempre prima por fazer um trabalho de excelência buscando reconhecimento, entrou no curso do Senai com o objetivo de esclarecer melhor a clientela a respeito das panes que aconteciam nos veículos. “Sempre quis desde menina trabalhar em profissões ditas como masculinas. Eu queria seguir a carreira militar, mas teria que sair daqui e meus pais não deixaram. Eu não havia premeditado trabalhar na oficina. Tenho um irmão que é mecânico, mas nunca estive nesse ambiente antes e nem fui influenciada por ele. Eu queria mesmo aprimorar meu trabalho na recepção. Eu não entendia nada de mecânica de automóveis. Mas quando fui fazer o curso, tomei gosto pela atividade e fiquei pedindo para o meu gerente me deixar trabalhar na oficina. Na sala de aula eu era a única mulher. Sabia que enfrentaria vários obstáculos. Meu pai quase chorou quando eu disse que ia sair da recepção para a oficina. Às vezes, ainda me pede para sair. A mãe já é mais parceira, embora ache que o trabalho é muito pesado para mim. Realmente, chego em casa , tomo um banho, como alguma coisa e caio na cama cedo”, relata ela, orgulhosa por sua escolha. A moça garante que não vai desistir tão cedo da oficina, porque acha que há muito o que aprender e seu objetivo é cursar engenharia. “Acho que talvez fique mais difícil quando eu ficar mais velha. Mas também acho que esse trabalho só vai acrescentar na minha carreira”, declara. Ela não queria perder os conhecimentos que estava adquirindo no curso e por isso insistiu que se houvesse a prática dentro da própria empresa, iria mais longe e fixaria os conteúdos melhor. Angela explica que o perfil das mulheres mudou. “Falta coragem às pessoas para fazerem o que têm vontade. Ninguém deve desistir dos seus sonhos, porque ninguém pode viver sua vida por você”, ensina.

14/07/2008

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS Aula 1

MOTORES ELÉTRICOS – COMPONENTES E APLICAÇÕES: O motor elétrico é uma máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica. É o mais usado de todos os tipos de motores, no setor industrial, pois, combinam as vantagens da energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando – com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos. Hoje, os motores elétricos, representam metade da força motriz de uma indústria, acionando diversos tipos de máquinas dentro dos processos industriais. O princípio fundamental em que os motores eletromagnéticos são baseados é que há uma força mecânica em todo o fio, quando está conduzindo a eletricidade contida dentro de um campo magnético. Sabemos que, cargas em movimento, induzem correntes elétricas, então, podemos concluir que as correntes elétricas também interagem entre si. Assim é produzida a força, ou melhor, a energia que aciona o motor elétrico. Os motores elétricos são compostos de elementos estáticos, onde se encontra toda a parte da fiação eletromagnética, na carcaça do motor. Se você puder pegar um pequeno motor elétrico, verá que ele possui dois pequenos ímãs permanentes, um comutador, duas escovas e um eletroímã, feito enrolando-se fio ao redor de uma peça de metal. Esse elemento girante é o rotor, através do rotor, os motores elétricos imprimem torque aos equipamentos, transformando energia elétrica em energia mecânica. No rotor, encontramos também os rolamentos, elementos importantes no funcionamento dos motores, pois dão sustentação ao conjunto girante. Nas tampas do motor, encontramos os mancais de sustentação dos rolamentos, onde estes devem sempre estar em conformidade com as tolerâncias e ajustes, para evitar vibração excessiva e perda de rendimento do motor elétrico. MANUTENÇÃO DE MOTORES ELÉTRICOS: Hoje na indústria, os profissionais de manutenção estão expostos aos mais variados tipos de exigência de conhecimentos técnicos. Uma manutenção em um motor elétrico exige conhecimentos que estavam resumidos aos profissionais de mecânica industrial, porém isso tem mudado e o profissional de elétrica participa ativamente da substituição de rolamentos e montagens de conjuntos eletromecânicos, para isso vamos buscar preparação técnica na área de manutenção de motores elétricos. Procedimentos como desmontagem de motores elétricos, análise de rolamentos, substituição e montagem, serão adotados de forma prática nos laboratórios de eletricidade. Um diagnóstico na condição operacional de um motor é um diferencial no desempenho de um profissional, portanto, vamos também estudar os rolamentos e suas especificações e os procedimentos de lubrificação. MONITORAMENTO DE ROLAMENTOS: É bastante importante para a conservação dos rolamentos e a conseqüente manutenção preditiva e preventiva, a verificação, o monitoramento e o planejamento das inspeções. Com o controle das máquinas e equipamentos elétricos, é possível planejar a substituição de modo que, não interfira na produtividade do equipamento, além de evitar o comprometimento da estrutura do equipamento e uma parada mais longa devido à quebra dos rolamentos. Na Inspeção, um Técnico de Manutenção deve observar os sinais que os equipamentos emitem durante seu funcionamento. Os rolamentos quando estão em boas condições, produzem um zumbido suave e uniforme. Ruídos e outros sons irregulares normalmente revelam rolamentos em más condições de funcionamento. Os sinais de perigo são: ruído, vibração e aumento de temperatura. Para estabilizar o funcionamento de Máquinas e Equipamentos Elétricos, adotamos alguns procedimentos de controle e inspeção, sendo os principais: escutar, sentir e olhar.

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