15/01/2013

Nissan vai lançar carro com direção eletrônica



A montadora japonesa Nissan anunciou que vai lançar em 2013 o primeiro carro com a tecnologia steer-by-wire. Em lugar de conectar o volante às rodas por meio de uma ligação mecânica - a famosa barra de direção - no novo sistema o comando é transmitido do volante para as rodas eletronicamente. Nas rodas, os comandos são interpretados e usados para acionar motores elétricos que fazem as rodas virarem ou retornarem à posição original. Segundo a empresa, o sistema transmite a intenção do motorista para as rodas a uma velocidade superior à da conexão mecânica.

O próprio sistema se encarrega de fazer pequenos ajustes nas rodas em decorrência de irregularidades no piso, além de deixar o motorista livre das trepidações no volante. A direção eletrônica conta ainda com a ajuda extra de uma câmera, instalada à frente do espelho retrovisor interno, que auxilia o motorista a manter o carro estável na rota, evitando que ele dance na pista por movimentos sutis no volante.

Segundo a Nissan "esse sistema é uma inovação em termos mundiais, uma tecnologia que melhora a estabilidade do veículo fazendo pequenos ajustes de ângulo, de forma que o veículo monitora a via para manter-se na faixa em que está viajando". O sistema também consegue anular balanços no carro gerados por ventos laterais, naturais ou gerados pela passagem de outros carros. Tudo é feito automaticamente, sem que o motorista sinta no volante os ajustes que o sistema vai fazendo nas rodas.

O sistema eletrônico possui três unidades de processamento e um sistema de detecção de falhas que passa automaticamente o controle para o próximo processador se houve alguma falha naquele que estiver controlando a direção. Se a bateria falhar, e todo o sistema eletrônico deixar de funcionar, uma "embreagem" mecânica conecta o volante às rodas - um sistema parecido com os freios de elevadores -, e o carro passa a ser dirigido mecanicamente, na forma tradicional.

Embora dê segurança ao motorista, o sistema de backup mecânico aumenta o peso do conjunto, eventualmente anulando os ganhos de economia de combustível que o sistema deve proporcionar. Mas, na avaliação da empresa, é importante para que os consumidores ganhem confiança na tecnologia. A direção eletrônica, ou steer-by-wire, é parte do conceito drive-by-wire, onde todos os comandos do carro passam a ser feitos eletronicamente.


Nissan vai lançar carro com direção eletrônica
O sistema anula balanços no carro gerados por ventos laterais e por irregularidades na pista, sem que o motorista sinta nada no volante.[Imagem: Nissan/SIT]

Fonte: Site Inovação Tecnológica

23/12/2012

Mulher tetraplégica controla braço robótico


Usando apenas seus pensamentos, uma mulher tetraplégica conseguiu controlar um braço-robô com aquela que é considerada a prótese de mão mais avançada já desenvolvida e testada.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, o dispositivo permite um "grau de controle e liberdade de movimentos" que nunca havia sido atingido com esse tipo de prótese. Eles dizem que o aparelho tem amplitude e variedade de movimentos similares aos de uma mão natural.

O braço-robô foi testado por uma voluntária de 52 anos, que há 13 foi diagnosticada com degeneração espino cerebelar, que a fez perder os movimentos do pescoço para baixo.
Os cientistas fizeram uma cirurgia para a implantação de eletrodos conectados ao córtex motor, área ligada aos movimentos, da paciente. 

Depois de duas semanas, eles começaram uma espécie de fase de treinamento de estimulação para que ela pudesse operar a prótese.
O braço mecânico ficou próximo à cadeira de rodas da paciente. Mas, a rigor, ele poderia também estar fisicamente distante.

O treinamento durou 13 semanas, mas a voluntária já foi capaz de executar livremente movimentos em três dimensões já no segundo dia de testes com o braço-robô. Na décima terceira semana, ela já conseguia fazer tarefas bem mais complexas, como empilhar objetos.

"O grande diferencial desse trabalho é a variedade e a complexidade dos movimentos alcançados pela voluntária", avalia Daniel Rubio, fisiatra e diretor clínico da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, unidade Morumbi. Com eletrodos no cérebro, cientistas fizeram com que tetraplégica executasse movimentos complexos com prótese.

"A mão humana tem muitas complexidades. Conseguir afinar todas essas capacidades com os impulsos elétricos é o grande desafio". Andrew Schwartz, professor da Universidade de Pittsburgh e autor principal do trabalho, publicado hoje na revista especializada "Lancet", destacou sua metodologia.

"A maioria das próteses controladas pela mente atingiram seus objetivos usando um algoritmo que envolve o trabalho de uma 'biblioteca' complexa de conexões entre o computador e o cérebro. No entanto, nós tentamos uma abordagem completamente diferente", explica.

"Usamos um algoritmo de computador baseado em um modelo que mimetiza de maneira muito próxima o jeito como um cérebro intacto controla o movimento do membro. O resultado é uma prótese de mão que pode ser movida de forma bem mais acurada e natural do que em esforços anteriores", conclui.

O tratamento ainda está em fase experimental, mas os cientistas já pensam na próxima etapa: eles querem que a prótese tenha alguma resposta sensorial, como ao calor ou ao frio.

Fonte: GIULIANA MIRANDA - FOLHA DE SÃO PAULO

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