21/07/2008

Desempenho Profissional

Já são três horas da manhã, estava concluindo um planejamento semanal das minhas aulas. Toda semana faço isso, aliás, todos os dias, já que esse é o horário que vou dormir, sempre em busca de novidades para apresentar nas aulas. Vou confessar! A semana que passou me deixou meio triste,pois algumas turmas parecem não valorizar a qualidade das aulas, quando perdem tempo com conversas paralelas, motivadas pela ansiedade de estarem próximos a concluir o curso. Acho isso um perigo, pois observo que o mercado de trabalho, só reserva vagas para os que estudam sempre e não somente enquanto estão frequentando um curso. Mas, por força do profissionalismo e do prazer de ser professor em cursos técnicos, preparei as melhores aulas. Ainda bem que fiz isso, pois já estava recolhendo meus papéis e entre eles estava o relatório de um estudante de Mecânica Industrial. Lembrei-me então que não havia feito a leitura deste. Fui observar as impressões que Noel Rodrigues, um aplicado rapaz, havia descrito. Bom observador, ele realmente aproveitou a Visita Técnica, pude notar isso. Mas, o que me chamou mesmo a atenção, foi que ele ressaltou o prazer de ter-me como seu professor, e observar que faço de tudo que é possível para que os estudantes conheçam e pratiquem o que lhes será cobrado pelo mercado de trabalho. Ainda bem que não descuidei de minhas obrigações como educador, caso contrário, estaria em dívida com Noel e outros tantos. Fico grato a Noel Rodrigues e aos que como ele reconhecem os esforços do meu desempenho profissional. Agora sim, posso ir dormir, com a consciência tranquila do dever cumprido.

18/07/2008

Mecânica de automóveis já é trabalho de mulher!

As mulheres já estão invadindo também o universo da mecânica de automóveis, outro reduto profissional tipicamente masculino. Quem vê a carinha de menina, não diz que Angela Demetrio é uma técnica em automobilística e trabalha em uma das maiores autorizadas da Ford, em Santa Catarina, no setor de mecânica. Ela é a única na ativa na Grande-Florianópolis que se tem conhecimento. Com apenas 21 anos, formada pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) em dezembro de 2006, ela já atua no ramo há mais de um ano. Angela enfrenta milhares de desafios diários e, por se tratar de uma mulher com força física inferior a da maioria dos homens, às vezes, precisa aceitar seus limites e pedir ajuda para afrouxar alguns parafusos e porcas. “Mas fico furiosa comigo quando isso acontece”, confessa a menina-mulher que já ensaia seus primeiros passos rumo a um futuro que ela pretende construir cursando a faculdade de engenharia. Na juventude tudo é possível. Preconceito e discriminação são atitudes que boa parte dos jovens pretende banir do mundo. Algumas mulheres são levadas a assumirem “papéis masculinos” pela necessidade, mas outras o fazem por enfrentamento. No entanto, não se pode negar que o mundo inteiro está reavaliando uma série de conceitos. Alguns homens também já estão entrando em territórios dantes femininos e desbancando muitas de nós na cozinha e em outras atividades domésticas. Os dois sexos estão se permitindo experimentar a vida na esperança sempre de alcançar a harmonia, o bem estar. “A profissão tem outros desafios que todos nós enfrentamos. A tecnologia de automóveis se renova quase que diariamente. A gente está sempre tendo que aprender mais e mais. Não se pode reclamar de rotina”, explica a mecânica. Angela já passou por cursos em São Paulo e Porto Alegre de elétrica básica e em equipamentos de diagnóstico – que fazem leitura de problemas com injeção eletrônica, por exemplo. Os colegas de trabalho dizem que ela é companheira deles e não fazem distinção de sexo. Eles se ajudam mutuamente para atingir a satisfação do cliente que é o objetivo final da equipe. Ela não tem pressa de aprender e está sempre pronta para ir onde seu gerente a enviar e trabalha em outras lojas sempre que solicitada. “Estou sempre aprendendo com gente que está no ramo há muito mais tempo que eu”, esclarece a profissional. Angela não sabe se os colegas já se acostumaram a sua presença. “Eu vim na cara e na coragem para enfrentar qualquer coisa, mas acredito que eles me levam a sério”, completa. Como Angela foi parar na oficina: Angela chegou na empresa para trabalhar na recepção. Como a garota sempre prima por fazer um trabalho de excelência buscando reconhecimento, entrou no curso do Senai com o objetivo de esclarecer melhor a clientela a respeito das panes que aconteciam nos veículos. “Sempre quis desde menina trabalhar em profissões ditas como masculinas. Eu queria seguir a carreira militar, mas teria que sair daqui e meus pais não deixaram. Eu não havia premeditado trabalhar na oficina. Tenho um irmão que é mecânico, mas nunca estive nesse ambiente antes e nem fui influenciada por ele. Eu queria mesmo aprimorar meu trabalho na recepção. Eu não entendia nada de mecânica de automóveis. Mas quando fui fazer o curso, tomei gosto pela atividade e fiquei pedindo para o meu gerente me deixar trabalhar na oficina. Na sala de aula eu era a única mulher. Sabia que enfrentaria vários obstáculos. Meu pai quase chorou quando eu disse que ia sair da recepção para a oficina. Às vezes, ainda me pede para sair. A mãe já é mais parceira, embora ache que o trabalho é muito pesado para mim. Realmente, chego em casa , tomo um banho, como alguma coisa e caio na cama cedo”, relata ela, orgulhosa por sua escolha. A moça garante que não vai desistir tão cedo da oficina, porque acha que há muito o que aprender e seu objetivo é cursar engenharia. “Acho que talvez fique mais difícil quando eu ficar mais velha. Mas também acho que esse trabalho só vai acrescentar na minha carreira”, declara. Ela não queria perder os conhecimentos que estava adquirindo no curso e por isso insistiu que se houvesse a prática dentro da própria empresa, iria mais longe e fixaria os conteúdos melhor. Angela explica que o perfil das mulheres mudou. “Falta coragem às pessoas para fazerem o que têm vontade. Ninguém deve desistir dos seus sonhos, porque ninguém pode viver sua vida por você”, ensina.

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