14/07/2010

Motor Flex Diesel-Gasolina

Um motor capaz de consumir uma mistura de dois combustíveis, qualquer que seja a proporção entre eles, está muito longe de ser uma novidade, pelo menos aqui no Brasil, onde quase a totalidade dos automóveis vendidos têm motor bicombustível, capaz de consumir etanol e gasolina.

Motor flex diesel-gasolina

E que tal um motor flex capaz de trabalhar com diesel e gasolina? Engenheiros da Universidade de Madison, nos Estados Unidos, afirmam que um motor bicombustível diesel-gasolina tem um aumento de eficiência de 20% e produz níveis muito inferiores de poluentes em relação aos motores diesel tradicionais.

Embora possa parecer que a adoção de combustíveis renováveis fosse uma saída melhor também para os caminhões, o fato é que o motor diesel ainda é imbatível para o transporte de cargas. Com isso, eles continuarão rodando, e poluindo bastante, por um bom tempo. Daí o interesse na solução criada pela equipe do professor Rolf Reitz.

Dois tanques separados

Em vez de misturar os dois combustíveis no tanque, como acontece nos motores bicombustível brasileiros, a técnica consiste em usar dois tanques separados de combustível e misturar diesel e gasolina no bico injetor do motor diesel, enviando para a câmara de combustão a composição precisa para o melhor funcionamento do motor em cada condição de uso.

Essa composição, segundo os testes, variou de uma mistura 50-50 (50% de diesel e 50% de gasolina) para um motor submetido a meia-carga, até uma proporção 15-85 quando o motor foi submetido à sua potência total.

Velas de ignição líquidas

Normalmente uma mistura com 85% de gasolina não seria capaz de fazer funcionar um motor diesel, porque a gasolina é menos reativa e mais difícil de queimar do que o diesel. Os engenheiros resolveram o problema utilizando o que eles descreveram como uma "mistura de resposta rápida," que mantém o diesel na proporção mínima para que o motor continue funcionando com perfeição.

"Você pode imaginar o spray de diesel na câmara de combustão como se fosse uma coleção de velas de ignição líquidas, que incendeiam as gotículas de gasolina," diz Reitz. "A nova estratégia altera as propriedades do combustível misturando-os no interior da câmara de combustão para controlar precisamente o processo de combustão, baseando-se na quantidade e momento que o diesel é injetado."

Eficiência térmica do motor

O processo funciona elevando a eficiência do motor, que passa a retirar mais energia do combustível. A temperatura de funcionamento é cerca de 40% mais baixa do que em um motor diesel convencional, o que diminui a perda de energia por meio da geração de calor.

Os melhores resultados obtidos em laboratório mostraram uma eficiência termal do motor diesel de teste de 53%, superior ao mais eficiente motor em uso atualmente, um gigantesco motor turbinado de dois tempos usado em navios, que alcança 50% de eficiência termal.

Química da combustão

Além disso, o controle preciso da mistura entre os dois combustíveis otimiza a "química da combustão," segundo Reitz, o que se traduz em menos combustível não queimado saindo pelo escapamento e menos gases poluentes.

O pesquisador afirma que, se a técnica fosse aplicada a todos os motores diesel em uso nos Estados Unidos, isso representaria uma economia de combustível de 33%.

Embora tenha sido testado apenas em motores diesel, o engenheiro afirma que a tecnologia também pode ser utilizada no sistema de injeção eletrônica dos motores a gasolina. Os motores a gasolina usados hoje têm uma eficiência termal de cerca de 25%.

Bibliografia:

Validation of a Grid Independent Spray Model and Fuel Chemistry Mechanism for Low Temperature Diesel Combustion
T. Yoshikawa, R. D. Reitz
International Journal of Spray and Combustion Dynamics
2009
Vol.: Accepted


02/07/2010

Lubrificante totalmente biodegradável



  • Pesquisadores da Universidade Huelva, na Espanha, desenvolveram uma graxa lubrificante para veículos e equipamentos industriais que não utiliza qualquer composto químico contaminante usado nos lubrificantes tradicionais. O novo lubrificante industrial é feito à base de óleo de rícino e derivados de celulose, pertencendo a uma nova classe de materiais conhecida como "óleogel", que tira suas propriedades lubrificantes dos materiais celulósicos. 
  • A "graxa verde" é "uma alternativa às graxas lubrificantes tradicionais, que geram uma poluição difícil de controlar quando elas são descartadas no meio ambiente," diz o pesquisador José María Franco, acrescentando que a graxa é 100% biodegradável. 
  • Os lubrificantes utilizados nos equipamentos industriais são feitos de óleos sintéticos e derivados do petróleo, que não são biodegradáveis. Em sua formulação, entram ainda espessantes feitos com partículas metálicas ou com derivativos da poliuréia, uma família de polímeros sintéticos. 
  • Milhões de toneladas de óleos industriais e hidráulicos acabam chegando ao meio ambiente todos os anos, poluindo áreas agricultáveis, rios e chegando até o mar. Segundo os pesquisadores, os óleos minerais podem contaminar o lençol freático por até 100 anos, além de inibir o crescimento de árvores e serem tóxicos para a vida aquática. Os óleos têm sido substituídos paulatinamente por óleos vegetais, mas até agora nenhuma solução havia sido encontrada para os espessantes metálicos, que são altamente poluidores, mas que dão às graxas industriais o seu alto rendimento. 
  • A nova graxa verde é uma resposta a esse problema, embora os pesquisadores afirmem que ainda será necessário uma nova etapa de pesquisas a fim de aperfeiçoar seu desempenho lubrificante e antidesgaste. 
  • O novo lubrificante "tem um nível de estabilidade mecânica similar ao das graxas tradicionais, e é altamente resistente a altas temperaturas, com propriedades reológicas (viscosidade) que não se alteram de forma acentuada. Contudo, nós observamos que o material é expelido [dos equipamentos] quando submetido simultaneamente a grandes forças inerciais e altas temperaturas," explica Franco. 
  • Para que uma graxa seja utilizada em mancais de rolamentos, por exemplo, é importante que ela não vaze facilmente, o que reduziria a lubrificação e poderia levar a uma quebra do rolamento. O mesmo vale para os equipamentos hidráulicos, onde pressão e temperatura elevam-se continuamente. Os pesquisadores vão continuar a pesquisar este aspecto a fim de encontrar um equilíbrio entre os ingredientes biodegradáveis e o desempenho da nova graxa.

29/06/2010

Marte - Galeria de fotos

Apesar de desértico, Marte é o planeta do sistema solar que mais se parece com a Terra. São dunas, crateras, canyons e vales explorados há 40 anos pelos instrumentos científicos desenvolvidos pelas agências espaciais. Veja.com selecionou 12 imagens que celebram as mais fantásticas descobertas dos últimos anos.











Mais Fotos:
Marte - Galeria de fotos - VEJA.com

23/06/2010

Motor Diesel isento de emissões - Parte 2


Motor diesel de alta pressão

Os engenheiros alemães projetaram seu novo motor de tal forma que a mistura ar-gases de escapamento seja injetada na câmara de combustão sob alta pressão. A turbina do motor comprime a mistura até 10 vezes a pressão atmosférica - mais do que o dobro da pressão que os motores atuais conseguem suportar. Assim comprimida, a mistura ar-gases de escapamento contém oxigênio suficiente para queimar o diesel completamente.

Eles juntaram esta inovação com uma outra melhoria, esta no bico que injeta o diesel na câmara de combustão. O novo bico pulveriza o combustível em gotículas microscópicas, permitindo que ele queime mais completamente.

Nas gotas maiores, produzidas pelos bicos injetores convencionais, apenas a camada externa de moléculas de combustível é queimada - é como se cada gota fosse uma cebola, onde somente a primeira camada é "descascada," ou seja, queima de fato. A fuligem dessa queima envelopa o restante da gota, impedindo que ela entre em contato com o oxigênio. O resultado é uma maior formação de fumaça e uma queima mais pobre do combustível.

Futuro dos motores diesel

Os engenheiros afirmam que não estão satisfeitos com o atendimento da norma Euro 6 e que não há motivos para parar os desenvolvimentos. Eles querem descobrir exatamente como a fumaça se forma nos milésimos de segundo quando as gotículas de diesel queimam.

Mas colocar um sensor no interior da câmara de combustão atrapalharia o próprio processo de combustão. Para resolver o problema, eles desenvolveram um novo sensor que é inserido no interior da câmara para coletar uma amostra e novamente retirado de lá - tudo em um milésimo de segundo.

Com esta nova sonda, até 13 amostras podem ser coletadas durante uma única explosão no interior de um cilindro - uma situação ideal para estudar o nascimento das partículas de fuligem que fazem tanto mal ao ar das cidades e à saúde das pessoas.

Os pesquisadores já estão trabalhando em cima dos novos dados, o que significa que motores diesel cada vez mais limpos são uma questão de tempo. Fonte: Site Inovação Tecnológica

22/06/2010

Motor Diesel isento de emissões - 1


Pesquisadores da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, apresentaram o protótipo de um novo motor diesel que, em comparação com os atuais, pode ser considerado praticamente isento de emissões.

É o primeiro motor diesel a atender às severas especificações de nível 6 da União Europeia, que somente entrarão em 2014 e, ainda assim, apenas para os veículos novos.

O objetivo dos pesquisadores é atender às novas normas sem nem mesmo precisar utilizar um conversor catalítico - o conhecido catalisador usado em todos os automóveis.

Norma europeia para motores diesel

A norma Euro 6, que deverá entrar em vigor em 2014, é um padrão difícil de alcançar sob qualquer critério. A diretiva estabelece níveis de emissão que são até mesmo difíceis de quantificar.

Um motor diesel, por exemplo, poderá emitir meros 5 miligramas de partículas de fuligem e 80 miligramas de óxidos de nitrogênio por quilômetro. Isto é um quinto dos particulados e um quarto dos óxidos Nox permitidos pela norma Euro 4, que era válida até meados de 2009. Atualmente está em vigor a norma Euro 5 - o novo motor emite menos da metade dos óxidos NOx permitidos por ela.

Fumaça e óxidos de nitrogênio

A redução das emissões dos motores diesel é complicada pelo fato de que os óxidos NOx e a fuligem, ou material particulado, não podem ser reduzidos de forma independente um do outro.

Os óxidos de nitrogênio são formados quando o diesel queima na presença do ar contido na câmara de combustão. O ar é composto por 21 por cento de oxigênio e 78 por cento de nitrogênio. O diesel reage com o oxigênio, produzindo dióxido de carbono e água. Isso acontece em uma reação muito rápida, resultando em temperaturas na câmara de combustão tão altas que o oxigênio também começa a reagir com o nitrogênio do ar, formando óxidos de nitrogênio.

Para combater este efeito, os motores diesel modernos recirculam parte dos gases de escape, levando-os de volta à câmara de combustão depois de resfriá-los, juntamente com uma porção de ar fresco. Nessa mistura, o dióxido de carbono e a água dos gases de escape moderam o processo de combustão, mantendo a temperatura em níveis mais amenos. Como resultado, formam-se menos óxidos de nitrogênio, embora ao custo de produzir mais particulados - mais fumaça - uma vez que a proporção de oxigênio na mistura ar-exaustão é menor.
 Fonte: Site Inovação Tecnológica

18/06/2010

Simulador Robótico Grátis


Este aplicativo é um simulador didático de manipuladores robóticos. O ambiente virtual do aplicativo foi programado usando a biblioteca gráfica OpenGL, e proporciona uma visualização tridimensional do cenário.

No aplicativo podem ser estudadas a cinemática e anatomia do manipulador, programar uma seqüência de operações e comandá-lo através de um joystick ou mouse, de forma interativa, a fim de facilitar o entendimento e incentivar o usuário iniciante no estudo da robótica.

Este software foi desenvolvido para ser leve podendo ser executado no sistema operacional Windows 98 ou superior.

Requisitos mínimos de hardware:

- Não requer instalação (Só descompactar o arquivo)

-Placa aceleradora de vídeo de 8MB

-64 MB de memória RAM

-Processador de 450 MHz

Apoio: PIBIC/CNPq e DEP/UFV

15/06/2010

Sinais de Fumaça

  • Assim como no corpo humano, alguns sinais indicam quando a “máquina” não está funcionando bem. Nos automóveis, a fumaça azulada que sai do escapamento é uma delas. A cor azulada é sinal de que o motor está queimando óleo lubrificante junto com a mistura do ar com combustível. Os motivos para este efeito podem ser vários, desde uma obstrução no sistema de ventilação do cárter, até algo mais complexo como, por exemplo, desgaste dos anéis de pistão que são responsáveis por vedar a compressão do motor e ainda impedir que o óleo lubrificante entre na câmara de combustão, ou ainda o desgaste dos vedadores de válvulas, que devem reter a passagem de óleo para dentro da câmara de combustão.
  • A fumaça preta é outro sintoma de que algo no funcionamento do motor está anormal. Mais comum em motores a diesel, pode ocorrer também em motores à gasolina, principalmente em veículos carburados. A causa mais decorrente é a proporção da mistura do ar com combustível fora dos parâmetros do fabricante, também conhecida como mistura rica, seja por esgotamento da vida útil de componentes ou regulagem inadequada de partes que compõe o sistema de alimentação do motor. Operando nesta condição o veículo estará contribuindo para aumentar os índices de poluentes do ar que respiramos.
  • Segundo dados da Controlar – empresa responsável pela inspeção veicular ambiental da cidade de São Paulo – o percentual dos veículos rejeitados por emitir fumaça supera os 34%. Os veículos rejeitados foram aqueles que não passaram nem na análise preliminar feita visualmente pelos técnicos da Controlar, antes do veículo ter os níveis de emissão de monóxido de carbono, óxido de nitrogênio, hidrocarbonetos e material particulado checados pelo analisador de gases.
  • Qualquer que seja a cor da fumaça, com exceção da fumaça branca em dias frios, que ocorre devido à condensação do combustível e do vapor d’água, é preciso ficar atento pois, além da poluição, fumaça é sim sinal de perigo já que aumenta o consumo de combustível e o desgaste do motor.
  • Esse transtorno pode ser evitado mantendo o motor regulado dentro as especificações do fabricante e nos intervalos recomendados. Essas informações geralmente constam no manual do proprietário. Fonte: Affinia Automotiva

14/06/2010

Campeonato mundial de futebol de robôs

Estudantes de Porto Alegre (RS) e de São Paulo se preparam para mais uma edição do RoboCup 2010. O evento é uma espécie de Copa do Mundo dos robôs e se realiza de 19 a 25 deste mês, em Cingapura.

A competição é considerada a maior e mais importante plataforma de pesquisa em robótica do mundo e vai reunir mais de 400 equipes de 40 países.

Realizado há mais de 10 anos, o evento envolve a participação de robôs inteligentes de uma forma geral. Entre as modalidades estão as categorias: resgate, colaboração e ambiente de simulação.

Jogadores robóticos

Entre os brasileiros participantes, estão alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Centro Universitário da Fundação Educacional Inaciana (FEI), de São Paulo.

As equipes brasileiras estão inscritas na categoria Small Size (que utiliza pequenos robôs de 15 cm de altura), também conhecida como F-180.

O grupo da FEI é formado por nove alunos dos cursos de graduação em Ciência da Computação, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, além de mestrandos.

Os universitários levam para a disputa sete robôs (cinco jogadores, sendo um goleiro, mais dois reservas). Cada jogador robô tem cinco motores e quatro rodas, além de quatro baterias de 7,4 volts.

Em 2009, a equipe da FEI ficou entre as 12 melhores colocadas no torneio realizado na Áustria. A expectativa é de ter desempenho superior nesta edição.

"São robôs automáticos que jogam sem a interferência humana, nós somos meros espectadores. É praticamente igual ao futebol que conhecemos, tendo a partida duração de dois tempos de cinco minutos. O juiz também é automático, neste caso uma pessoa apenas aperta os botões para indicar o que ocorreu", conta o coordenador do projeto Futebol de Robôs da FEI, Flávio Tonidandel.

Desenvolvimento da robótica no Brasil

De acordo com o instrutor da FEI, a participação no mundial trouxe como resultado o grande aprendizado. As competições serviram de motivação para os alunos e para estimular o desenvolvimento da robótica móvel no País, mediante avanços obtidos nas áreas de mecânica, eletrônica e inteligência artificial.

"É preciso trabalhar a parte de cooperação, movimentação e visão dos robôs. As equipes ainda trocam ideias, ciência e tecnologia. Lá fora, em nível de tecnologia, houve grande avanço e investimentos (em especial nos Estados Unidos e na Ásia) e nós também chegamos num nível que começamos a competir bem", avalia Tonidandel.

10/06/2010

A educação no desenvolvimento industrial


A falta de mão de obra qualificada é um dos maiores entraves no desenvolvimento econômico, industrial e social do Brasil. As empresas já sofrem com a dificuldade de contratar profissionais qualificados. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostra que em poucos anos irá faltar engenheiros no país.

A produção industrial cresceu 18% no primeiro quadrimestre de 2010, e a perspectiva é que continue subindo. Quando aumenta a produção, também sobe a procura por funcionários. Este é um dos motivos para a queda do número de desempregados no país nos primeiros meses de 2010. No entanto, existe a barreira da desqualificação, que impede as empresas com vagas em aberto de absorver o contingente que ainda não tem espaço no mercado de trabalho. Em alguns casos, para diminuir o impacto causado pela falta de mão de obra qualificada, muitas empresas treinam seus próprios funcionários, promovem cursos, workshops, palestras.

Um reflexo desta necessidade de profissionais está em uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas. Os dados apresentados revelaram que quem cursa algum tipo de modalidade de educação profissional - qualificação, ensino médio técnico ou curso superior profissionalizante - tem 48,2% mais chances de conseguir uma ocupação profissional do que quem não fez esses cursos.

O papel das instituições de ensino
Pensando na importância da educação para o desenvolvimento social e econômico do cidadão, muitas instituições de ensino oferecem cursos de acordo com as necessidades da região onde estão inseridas e fazem parcerias com indústrias locais para absorção da mão de obra dos estudantes que passam por suas salas de aula.

Uma dessas instituições é o Senai, que em Santo Antônio da Platina, fornece cursos do segmento metal-mecânico há três anos, estando há 12 na cidade. A instalação destes cursos se deu pela mudança das necessidades da região.

Por muito tempo focada no setor agropecuário, a cidade com 42 mil habitantes, localizada na mesorregião do Norte Pioneiro do Paraná, começou a ver suas cidades crescerem e a população do campo diminuir. Com uma gama de indústrias precisando de profissionais, o Senai passou a oferecer diversos cursos direcionados para as necessidades do setor.

Para melhorar ainda mais a capacitação dos estudantes, a instituição inaugurou este ano o laboratório de metal-mecânica, que atende todas as modalidades de ensino oferecidas pela instituição, com equipamentos novos, estrutura e espaço físico adequado. O Senai também oferece curso gratuito de Aprendizagem industrial, destinado a jovens entre 14 a 24 anos, de baixa renda.

"A busca por maiores níveis de produtividade e competitividade em âmbito mundial por parte do setor produtivo demanda das entidades de educação profissional novas estratégias de atuação. A educação profissional deve promover capacitação para atividades tecnicamente mais complexas, de maneira a proporcionar ao educando a capacidade de avaliar, criticar, propor e tomar decisões", explica Amanda Nogueira Rosa, analista de negócios do Senai.

Outro exemplo, também no Norte Pioneiro do Paraná, mas agora na cidade de Cornélio Procópio, é a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), antigo Cefet-PR. O campus oferece o curso de Tecnologia em Manutenção Industrial desde 1998, com conceito “A” pela avaliação de cursos do Ministérioda educação (MEC). São oferecidas 22 vagas semestrais, formando cerca de 40 alunos por ano. Outros cursos também são ministrados, como o de engenharia industrial mecânica, industrial elétrica, curso superior de tecnologia em automação industrial, ensino médio técnico em mecânica, além de cursos de pós-graduação nestas áreas.

"A UTFPR Campus Cornélio Procópio proporciona para a região uma opção de formação qualificada para estudantes que optaram por um curso técnico, tecnológico ou engenharia, nas áreas de mecânica, elétrica e computação, criando condições para implantação de indústrias dos setores acima através de formação de mão de obra qualificada, dentro dos padrões mais exigentes do mercado", afirma o professor Marcio Sadao Hirata, responsável pelo setor metal-mecânico da instituição.

A instituição também mantém convênios com indústrias por meio da Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias, oferecendo serviços como consultorias, prestação de serviços e convênios específicos para solução de problemas das empresas da região.

A qualificação da mão de obra reflete diretamente na utilização de processos e máquinas modernas. O investimento em educação é, com certeza, uma das melhores maneiras, senão a mais importante, de evitar uma desindustrialização do Brasil e uma crise desenvolvida não pela falta de emprego, mas pela defasagem dos profissionais que disputam as vagas.

Fonte: CIMM - 04/06/2010

08/06/2010

Uno Ecology

O Novo Uno, lançado há menos de um mês, já tem uma versão experimental amiga do meio ambiente. A Fiat preparou um protótipo do carro para apresentar no Challenge Bibendum, realizado na semana passada, no Rio de Janeiro, para discutir o transporte rodoviário sustentável.

Todas as peças plásticas do Uno Ecology são produzidas com um combinado de plástico com bagaço de cana de açúcar - o refugo das usinas de álcool. O uso do bagaço de cana reduz o gasto com energia para o processamento na produção, além de outras vantagens operacionais.

Para choques, frisos externos, painéis das portas, console e painel de controle, tudo é feito com o bagaço da cana, que substituiu a fibra de vidro ou outros materiais derivados do petróleo usados na composição dessas peças.

Os bancos do Uno Ecology são feitos de fibra de coco e a forração é de tecido produzido com garrafas PET recicladas.


O Challenge Bibendum foi realizado pela primeira vez na América Latina.

Fonte: AutoInforme

06/06/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 7



Simbologia de Furo
Regras:


1ª Regra: Para mancais de rolamentos fixos de uma carreira de esferas pequenos e miniaturas (diâmetro de 1 à 9 mm). O número de identificação é composto por 3 dígitos, sendo que o último dígito indica a dimensão do furo em milímetros.
601 : ∅ = 1 mm;
602 : ∅ = 2 mm;
609 : ∅ = 9 mm.


2ª Regra: Para as quatro dimensões abaixo, a regra é fixa:
xx00 : ∅ = 10 mm;
xx01 : ∅ = 12 mm;
xx02 : ∅ = 15 mm;
xx03 : ∅ = 17 mm.


3ª Regra: Para furos acima de 20 mm, têm-se uma regra, na qual, basta multiplicar os dois últimos dígitos por 5.
xx04 : ∅ = 20 mm (04 x 5);
xx05 : ∅ = 25 mm;
.
.
xx96 : ∅ = 480 mm.


4ª Regra: Para furos maiores que 480 mm, após a série dimensional, acrescenta-se uma barra ( / ) e a dimensão nominal do diâmetro interno.
xx/500 : ∅ = 500 mm;
xx/1800 : ∅ = 1800 mm;
xx/7800 : ∅ = 7800 mm.




03/06/2010

Determinando as propriedades dos metais

  • Na engenharia é fundamental o conhecimento do comportamento do material com que se trabalha, ou seja, suas propriedades mecânicas em várias condições de uso, seja para projeto e manufatura de pequenos ou grandes componentes. 
  • As condições de uso envolvem temperaturas, tipo de cargas e frequência de aplicação, desgaste, deformabilidade, entre outros pontos. Para prever o comportamento do material em condições de trabalho, os projetistas utilizam parâmetros de comportamento, que são determinados através de ensaios mecânicos. 
  • Embora os valores de propriedades de muitos materiais comumente usados na engenharia possam ser obtidos de tabelas, é importante que os engenheiros tenham conhecimento da metodologia da execução dos ensaios e do significado de cada parâmetro. 
  • Portanto, é importante conhecer os fundamentos básicos relativos a cada ensaio. Em um ensaio de tração, um corpo de prova é alongado ou esticado até sua ruptura. O ensaio costuma ser realizado em um corpo de formas e dimensões padronizadas, para que os resultados obtidos possam ser comparados ou, se necessário, reproduzidos. 
  • Quando se induz um material a compressão, propriedades mecânicas podem ser medidas, tais como a força de compressão ou o módulo de elasticidade. Os cientistas utilizam, normalmente, máquinas para induzir a compressão. Este tipo de experimento é utilizado para comprovar as características mecânicas de uma peça, descobrindo assim a que tensão ela sofrerá ruptura. 
  • Na ciência dos materiais, dureza é a propriedade característica de um material sólido, com resistência a deformações permanentes e está diretamente relacionada com a força de ligação dos átomos. Basicamente, a dureza pode ser avaliada a partir da capacidade de um material riscar ou penetrar o outro. 
  • Já os ensaios de impacto são feitos para medir a segurança, qualidade e confiabilidade dos mais diversos materiais como, por exemplo, no setor automobilístico, de aeronaves, assim como em peças específicas utilizadas na indústria. Este ensaio é empregado no estudo da fratura frágil dos metais, que é caracterizada pela propriedade de um metal em atingir a ruptura sem sofrer deformação apreciável. 
  • O ensaio de dobramento, um ensaio qualitativo simples e barato, para avaliar a ductilidade de um material. 
  • Por último, a estampabilidade de materiais metálicos, ensaio que exige muitos testes, é a capacidade que uma chapa tem para ser conformada à forma de uma matriz, pelo processo de estampagem, sem se romper ou apresentar qualquer outro tipo de defeito superficial. A análise da estampabilidade de chapas é significativa tanto para o usuário do material em uma planta de estamparia como para o fabricante da chapa. Fonte: CIMM

02/06/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 6

As buchas são elementos de máquinas de forma cilíndrica ou cônica. Servem para apoiar eixos e guiar brocas e alargadores. Nos casos em que o eixo desliza dentro da bucha, deve haver lubrificação. Podem ser fabricadas de metal antifricção ou de materiais plásticos.
Normalmente, a bucha deve ser fabricada com material menos duro que o material do eixo.


Buchas de fricção radial
Essas buchas podem ter várias formas. As mais comuns são feitas de um corpo cilíndrico furado, sendo que o furo possibilita a entrada de lubrificantes. Essas buchas são usadas em peças para cargas pequenas e em lugares onde a manutenção seja fácil.

Bucha de fricção axial
Essa bucha é usada para suportar o esforço de um eixo em posição vertical.

01/06/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 5

Existem vários tipos de arruela: lisa, de pressão, dentada, serrilhada, ondulada, de travamento com orelha e arruela para perfilados. Para cada tipo de trabalho, existe um tipo ideal de arruela:

Arruela lisa
Além de distribuir igualmente o aperto, a arruela lisa tem, também, a função de melhorar os aspectos do conjunto. A arruela lisa por não ter elemento de trava, é utilizada em órgãos de máquinas que sofrem pequenas vibrações

Arruela de pressão
A arruela de pressão é utilizada na montagem de conjuntos mecânicos, submetidos a grandes esforços e grandes vibrações. A arruela de pressão funciona, também, como elemento de trava, evitando o afrouxamento do parafuso e da porca. É, ainda, muito empregada em equipamentos que sofrem variação de temperatura (automóveis, prensas etc.).

Arruela dentada
Muito empregada em equipamentos sujeitos a grandes vibrações, mas com pequenos esforços, como, eletrodomésticos, painéis automotivos, equipamentos de refrigeração etc. O travamento se dá entre o conjunto parafuso/porca. Os dentes inclinados das arruelas formam uma mola quando são pressionados e se encravam na cabeça do parafuso.

Arruela serrilhada
A arruela serrilhada tem, basicamente, as mesmas funções da arruela dentada. Apenas suporta esforços um pouco maiores. É usada nos mesmos tipos de trabalho que a arruela dentada.

Arruela ondulada
A arruela ondulada não tem cantos vivos. É indicada, especialmente, para superfícies pintadas, evitando danificação do acabamento. É adequada para equipamentos que possuem acabamento externo constituído de chapas finas.

Arruela de travamento com orelha
Utiliza-se esta arruela dobrando-se a orelha sobre um canto vivo da peça. Em seguida, dobra-se uma aba da orelha envolvendo um dos lados chanfrado do conjunto porca/parafuso.

Arruela para perfilados
É uma arruela muito utilizada em montagens que envolvem cantoneiras ou perfis em ângulo. Devido ao seu formato de fabricação, este tipo de arruela compensa os ângulos e deixa perfeitamente paralelas as superfícies a serem parafusadas.

31/05/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 4

  • O procedimento para calcular a medida das roscas consiste na medição do passo da rosca. Para obter essa medida, podemos usar o pente de rosca, escala ou paquímetro. Estes instrumentos são chamados verificadores de roscas e fornecem a medida do passo em milímetro ou em filetes por polegada e a medida do ângulo dos filetes. 

  • As roscas de perfil triangular são fabricadas segundo três sistemas normalizados: o sistema métrico ou internacional (ISO), o sistema inglês (whitworth) e o sistema americano. 
  • No sistema métrico, as medidas das roscas são determinadas em milímetros. Os filetes tem forma triangular, ângulo de 60º, crista plana e raiz arredondada. 
  • No sistema whitworth, as medidas são dadas em polegadas. Neste sistema, o filete tem a forma triangular, ângulo de 55º, crista e raiz arredondadas.O passo é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em uma polegada. 
  • No sistema americano, as medidas são expressas em polegadas. O filete tem a forma triangular, ângulo de 60º, crista plana e raiz arredondada. Neste sistema, como no whitworth, o passo também é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em uma polegada. 
  • Nos três sistemas, as roscas são fabricadas em dois padrões: normal e fina. A rosca normal tem menor número de filetes por polegada que a rosca fina. No sistema whitworth, a rosca normal é caracterizada pela sigla BSW (british standard whitworth - padrão britânico para roscas normais). Nesse mesmo sistema, a rosca fina é caracterizada pela sigla BSF (british standard fine – padrão britânico para roscas finas).


Cálculo de dimensões da rosca métrica normal

Exemplo - Calcular o diâmetro menor de um parafuso (d1) para uma rosca de diâmetro externo (d) de 10 mm e passo (p) de 1,5 mm.

Fórmula: d1 = d - 1,2268 · P

Substituindo os valores desta fórmula:
d1 = 10 - 1,2268 · 1,5
d1 = 10 - 1,840
d1 = 8,16 mm
Portanto, o diâmetro menor da rosca é de 8,16 mm.

Calcular o diâmetro efetivo de um parafuso (D médio) com rosca métrica, cujo diâmetro externo é de 12 mm e o passo é de 1,75 mm.

Fórmula: d2 = d - 0,6495 · P

Substituindo os valores desta fórmula:
d2 = 12 - 0,6495 · 1,75
d2 = 12 - 1,1366
d2 = 10,86 mm
Portanto, a medida do diâmetro médio é de 10,86 mm.


É muito importante para o mecânico saber o cálculo do diâmetro da broca que vai realizar um furo no qual a rosca será confeccionada por macho. No cálculo de diâmetro da broca para confecção de rosca métrica triangular, utiliza-se a seguinte fórmula:

Diâmetro da broca = d - P

Exemplo - Calcular diâmetro de broca para abrir o furo a ser roscado com rosca métrica, sabendo que o diâmetro maior do parafuso é de 10 mm e o passo é de 1,5 mm.
Substituindo os valores na fórmula:
Diâmetro da broca = 10 - 1,5
Diâmetro da broca = 8,5 mm
Portanto, o diâmetro da broca deve ser de 8,5 mm.

Para confecção de furos para rosca whitworth o mecânico industrial pode associar o valor da medida da rosca em polegadas com um valor correspondente em milímetros, respeitando o limite de folga que o macho deve ter para executar uma rosca sem danificar a peça e sem correr riscos de ruptura na ferramenta.Veja abaixo a tabela (para imprimir) com a relação de brocas para confecção de furos para roscas:


29/05/2010

O que é porca rápida?

  • A porca rápida é um elemento de máquina especial, destinado a montagens de peças onde o acesso para a confecção de roscas para fixação de parafusos é difícil. 
  • São montadas em conjunto com parafusos autoatarraxantes (conhecidos como rosca soberba). 
  • Tem larga aplicação na montagem de chapas de pequena espessura e estruturas de fibra de vidro. 
  • No setor automotivo a porca rápida é utilizada principalmente como presilha para forrações e outras peças de carro que não tem resitência suficiente pra segurar o parafuso. 
  • Veja abaixo os diferentes tipos de porcas rápidas:


28/05/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 3

As porcas são elementos de máquinas que trabalham associados aos parafusos na fixação de uniões permanentes. Podem ser fabricadas em vários materiais variando de acordo com a finalidade a ser aplicada. Geralmente as porcas apresentam perfil de rosca triangular. Na união de conjuntos mecânicos com a utilização de porcas, devemos observar que a ação de aperto deve concentrar-se na porca com maior intensidade. Na utilização de torquímetro deve-se aplicar a "força" na porca. Veja abaixo a classificação destas porcas:



1 - Porca sextavada baixa
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

2 - Porca sextavada castelo com coroa alta
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

3 - Porca sextavada flange esférica
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

4 - Porca sextavada dupla
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

5 - Porca sextavada castelo com coroa baixa
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

6 - Porca sextavada castelo sem coroa
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

7 - Porca sextavada classe 6
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

8 - Porca sextavada classe 8
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

9 - Porca sextavada classe 10 (temperada)
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

10 - Porca sextavada flange
Acabamento: zincado branco

11- Porca sextavada latão
Acabamento: polido

12 - Porca sextavada autotravante nylon (alta) classe 8
Acabamento: zincado branco

13 - Porca sextavada autotravante nylon (baixa) classe 8
Acabamento: zincado branco

14 - Porca sextavada torque flange classe 8
Acabamento: zincado branco

15 - Porca sextavada torque classe 8
Acabamento: zincado branco

16 - Porca sextavada 2H
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo


17 - Porca sextavada alumínio
Acabamento: polido

18 - Porca sextavada baixa
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

19 - Porca sextavada bicicleta
Acabamento: polido, zincado branco

20 - Porca sextavada castelo sem coroa
Acabamento: polido

21 - Porca sextavada dupla
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

22 - Porca sextavada flange
Acabamento: zincado branco

23 - Porca sextavada grau 2
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

24 - Porca sextavada pesada
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

25 - Porca sextavada autotravante nylon alta grau B e C
Acabamento: zincado branco

26 - Porca sextavada torque, grau B (até 3/4)
Acabamento: zincado branco

27 - Porca sextavada torque flange
Acabamento: zincado branco

28 - Porca sextavada quadrada
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

29 - Porca sextavada com arruela móvel
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado, galvanizado a fogo

30 - Porca sextavada cônica
Acabamento: incado branco, bricromatizado

31 - Porca sextavada esférica
Acabamento: polido, zincado branco, bricromatizado

24/05/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 2


Os parafusos são elementos de máquinas utilizados na união móvel de peças em um conjunto mecânico. Podemos considerar o parafuso o elemento de maior aplicação na montagem de máquinas e equipamentos.

Em parceria com as porcas podem fixar partes de uma peça, resistindo às vibrações do funcionamento quando utilizados com arruelas de pressão para proporcionar um melhor travamento.




Os parafusos são identificados seguindo os procedimentos de classificação que levam em conta sua construção, destacando para iniciar uma identificação o formato da cabeça, as características do seu corpo, os detalhes de sua ponta e seus elementos travantes (podem ser porcas ou a própria cabeça do parafuso). Encontramos parafusos com diferentes características para as mais diversas aplicações podendo ter cabeça sextavada, cilíndrica (com sextavado interno), quadrada, redonda, abaulada, escareada ou abaulada escareada. Seu corpo pode apresentar rosca parcial ou em toda sua extensão e pode ser cilíndrico ou cônico. As pontas dos parafusos podem ser cônicas, arredondadas, planas ou planas com chanfro.















  • Geralmente os parafusos de ponta plana e corpo cilíndrico são destinados a trabalhar em conjunto com as porcas, enquanto os demais tem aplicações em roscas diretamente no corpo do equipamento. Encontramos ainda parafusos especiais conhecidos como estojo e prisioneiros.



Em alguns tipos de parafusos, encontramos a descrição da classe de resistência do material utilizado na fabricação estampado na sua cabeça, na forma de um código de dois números no formato XX.Y. Por exemplo, 5.8, 8.8 ou 12.9.



Este código é importante, pois informa a resistência do parafuso e como determinar o torque de aperto máximo. O primeiro número (XX) multiplicado por 100 informa o limite de resistência à tração do parafuso e o segundo número (Y) representa a porcentagem do limite de escoamento (tópicos de Resistência dos Materiais). Um parafuso 8.8 possui um limite de resistência de 880 kgf/mm² e 640 kgf/mm² (80%) de limite de escoamento. Na tabela abaixo, encontramos uma relação de alguns parafusos com suas roscas em (mm) com as devidas medidas das ferramentas de aperto e o torque correspondente em N/m:


Chave sextavada        Rosca                                 Torque

     8mm                       M5                                   4-8 Nm
     8mm                       M6                                   6-10 Nm
     10mm                     M6                                   6-10 Nm
     12mm                     M8                                   15-25 Nm
     13mm                     M8                                   15-25 Nm
     14 a 17mm             M10                                 30-40 Nm
     17/19mm                M12                                 40-55 Nm
     19/22mm                M14                                 75-90 Nm
      26mm                    M17                                 58-70 Nm
      27mm                    M18                                 58-70 Nm
      30mm                    M20                                 70-83 Nm

Chave allen               Rosca                                   Torque

     5mm                       M6                                    6-10 Nm
     6mm                       M8                                    15-25 Nm
     8mm                       M10                                  30-40 Nm
     12mm                     M12                                  40-55 Nm

23/05/2010

Elementos de Máquinas I - Aula 1

  • Os elementos de fixação mais utilizados na união de peças em conjuntos mecânicos são: rebites, pinos, cavilhas, contrapinos (cupilhas), parafusos, porcas, arruelas e chavetas. A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos: móvel ou permanente. 
  • Na união móvel, os elementos de fixação podem ser colocados ou retirados do conjunto sem causar qualquer dano às peças que foram unidas e até mesmo à sua estrutura. Isto acontece nas uniões feitas com parafusos, porcas e arruelas. 
  • Na união permanente, os elementos de fixação, uma vez instalados, não podem ser retirados sem que fiquem inutilizados. Podemos observar isto nas uniões feitas com rebites e soldas. 
  • Tanto os elementos de fixação móvel quanto os elementos de fixação permanente devem ser utilizados com muita habilidade e cuidado porque são, geralmente, os componentes mais frágeis da máquina. Para projetar um conjunto mecânico é necessário escolher o elemento de fixação adequado ao tipo de peças que irão ser unidas ou fixadas. 
  • É importante planejar e escolher corretamente os elementos de fixação a serem utilizados para evitar concentração de tensão nas peças fixadas. Essas tensões causam rupturas nas peças por fadiga do material. 
  • O rebite é formado por um corpo cilíndrico e uma cabeça. É fabricado em aço, alumínio, cobre ou latão. É utilizado para fixação permanente de duas ou mais peças. 
  • O pino une peças articuladas. Nesse tipo de união, uma das peças pode se movimentar por rotação. 
  • A cavilha une peças que não são articuladas entre si. O contrapino (cupilha) é uma haste ou arame com forma semelhante à de um meio-cilindro, dobrado de modo a fazer uma cabeça circular e tem duas pernas desiguais. Introduz-se o contrapino ou cupilha num furo na extremidade de um pino ou parafuso com porca castelo. As pernas do contrapino são viradas para trás e, assim, impedem a saída do pino ou da porca durante vibrações das peças fixadas. 
  • O parafuso é um elemento de máquinas formado por um corpo cilíndrico roscado e uma cabeça, que pode ter várias formas. Podemos considerar o parafuso o elemento mais utilizado na fixação móvel de conjuntos mecânicos.
  • A porca mais utilizada em conjuntos mecânicos tem forma de prisma (sextavado). Apresenta um furo com uma rosca interna. Através desse furo, a porca é fixada ao parafuso. Podemos encontrar porcas quadradas, e em formatos especias (castelo e borboleta). 
  • A arruela é um disco metálico com um furo no centro.O corpo do parafuso passa por esse furo com o objetivo de dar melhor qualidade à união do conjunto, evitando desgastes no equipamento e folga causada pela vibração no funcionamento. 
  • O anel elástico é utilizado para impedir deslocamento de eixos. Serve, também, para posicionar ou limitar o movimento de uma peça que desliza sobre um eixo.
  • As chavetas são elementos de máquinas empregados em uniões móveis com o objetivo de acoplar peças do equipamento ao seu eixo para evitar deslizamento. As chavetas tem vários formatos e aplicações como a fixação de buchas e acoplamentos.

21/05/2010

Opinião - Lendas do Motor Flex


Paralelamente ao grande sucesso do motor flex, correm muitas histórias sobre o seu funcionamento. É só perguntar ao frentista do posto de combustível como se deve abastecer e surgem diversas sugestões. Há quem diga que é preciso colocar 50% de gasolina e 50% de álcool. Outros dizem que é preciso, na primeira abastecida, colocar somente gasolina. E assim vai.

Curiosamente, no porta-luvas do Corolla, o manual do proprietário recomenda abastecer com gasolina a cada dez mil quilômetros. Uma surpresa, pois vários engenheiros de montadoras já disseram que o motor flex pode ser abastecido com qualquer combustível.

Fábio Ferreira, gerente de desenvolvimento da divisão de sistema de gasolina da Bosch, uma das empresas que produz o sistema que permite o carro ser abastecido com gasolina ou álcool, é bem claro: ele diz que o sistema foi feito para que o consumidor abasteça o seu carro com qualquer combustível durante toda a vida do motor.

O que acontece, muitas vezes, é que a montadora coloca um tipo de combustível no carro para funcionar o motor e sugere que na primeira abastecida seja colocado o mesmo combustível, mas não determina que é preciso encher o tanque. É apenas para o sistema reconhecer o combustível. Mas nada que seja obrigatório.

Mas muita gente teve que abastecer com gasolina porque o carro estava com problema. Fábio explica o que ocorre:


O problema é a qualidade do combustível que está sendo utilizado. Quando o álcool não é de boa qualidade, os minerais vão se acumulando no filtro e, depois de um tempo, isso pode prejudicar o funcionamento do motor. Quando você abastece com gasolina, ela limpa o filtro, então o desempenho passa a ser melhor, criando o mito que é preciso colocar gasolina de vez em quando. Não é preciso colocar gasolina, apenas deve-se usar álcool de boa qualidade.

Mas, e o que diz a Toyota?

Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o uso de gasolina a cada 10 mil quilômetros é para fazer a lubrificação do sistema. O álcool é um combustível corrosivo, o uso continuo pode prejudicar o sistema. Conforme o manual do proprietário do carro, abastecer com gasolina, além de fazer a limpeza do sistema, ajuda na lubrificação diz o assessor Eric Boccia. (Fonte: José Carlos Pontes)

16/05/2010

Ferramentas e Acessórios - Aula 03

  • O torquímetro é uma ferramenta especial destinada a ajustar o aperto dos parafusos conforme a especificação do fabricante do equipamento. Isso evita a formação de tensões e consequentemente deformação dos parafusos e porcas durante o funcionamento da máquina. 
  • A leitura é direta na escala graduada, permitindo a conferência do aperto, de acordo com o valor preestabelecido pelo fabricante. 
  • Esta ferramenta é composta de uma extensão (braço) que tem a função de alavanca e um porta soquetes, onde se podem encaixar várias medidas de soquetes. 
  • O torquímetro tem ainda algum tipo de dispositivo dinamométrico que possibilita medir a força de torque, (força rotacional) dimensionada em projeto, que permita o máximo de aperto sem o risco de danificar o material. A quantidade de torque é estabelecida pelo Mecânico respeitando os limites de cada parafuso. 
  • Os motores de combustão interna (de carros e motos), são exemplos de equipamentos que tem o torque de seus parafusos extremamente controlado. 
  • Veja no vídeo a seguir a aplicação de um torquímetro:





  • O torquímetro pode ser usado para rosca direita ou esquerda, mas somente para efetuar o torque final. Para encostar o parafuso ou porca, usa-se uma chave comum. Para obter maior precisão na medição, é conveniente lubrificar previamente a rosca antes de colocar e apertar a porca ou parafuso.

13/05/2010

Ferramentas e Acessórios - Aula 02

Os Alicates são ferramentas manuais de aço carbono fabricadas por fundição ou forjamento, compostas de dois braços e um pino de articulação, tendo em uma das extremidades dos braços, suas garras, cortes e pontas, temperadas e revenidas. O Alicate serve para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar e retirar determinadas peças nas montagens.


Os principais tipos de alicate são:


1. Alicate Universal
2. Alicate de Corte
3. Alicate de Bico
4. Alicate para Anéis
5. Alicate de Pressão
6. Alicate de Eixo Móvel
7. Alicate Rebitador


As ferramentas para apertar e folgar parafusos são geralmente de aço vanádio ou aço cromo extraduros, que utilizam o princípio da alavanca para apertar ou folgar parafusos e porcas. Estas ferramentas caracterizam-se por seus tipos e formas, apresentando-se em tamanhos diversos e tendo o cabo (ou braço) proporcional. Classificam-se em:


1. Chave Fixa Simples
2. Chave Combinada
3. Chave Fixa de Encaixe
4. Chave Regulável
5. Chave Hexagonal ou Allen
6. Chave Radial ou de Pinos
7. Chave Corrente ou Cinta
8. Chave Soquete
9. Chave de Impacto


Veja neste vídeo alguns tipos de ferramentas e suas respectivas aplicações:


A chave de fenda é uma ferramenta de aperto constituída de uma haste cilíndrica de aço carbono, com uma de suas extremidades forjada em forma de cunha e a outra em forma de espiga prismática
ou cilíndrica estriada, onde acopla-se um cabo de madeira ou plástico. É empregada para apertar e desapertar parafusos cujas cabeças tenham fendas ou ranhuras que permitam a entrada da cunha. A chave de fenda deve apresentar as seguintes características:


1. Ter sua cunha temperada e revenida
2. Ter as faces de extremidade da cunha, em planos paralelos
3. Ter o cabo ranhurado longitudinalmente, que permita maior firmeza no aperto, e bem engastado na haste da chave.
4. Ter a forma e dimensões das cunhas proporcionais ao
diâmetro da haste da chave.
Para parafusos de fenda cruzada, usa-se uma chave com cunha
em forma de cruz, chamada Chave Phillips.



Curso de Mecânica Industrial em CD-ROM

11/05/2010

Ferramentas e Acessórios - Aula 01

A Lima é uma ferramenta manual ou mecânica consistente de uma dura haste de aço com ranhuras, usada para desbastar outras peças, sejam elas de metais mais moles, como o alumínio ou o latão, ou de outros materiais como os aços de maior dureza.

As limas são ferramentas de aplicação geral


Limas: murça, 2º corte e bastarda




Existem vários tipos de limas, quer quanto à sua forma, como ao fim a que se destinam:

  • Quanto à forma, as limas podem ser chatas, paralelas, de meia-cana, redondas, quadradas ou triangulares, de forma a ajustarem-se à superfície sobre a qual vão trabalhar.
  • Quanto ao fim a que se destinam, as limas podem dividir-se em, bastardas, de segundo corte ou murças, consoante o tipo de trabalho a realizar: as bastardas destinam-se a cortar uma grande quantidade de material excedentário; as limas de segundo corte destinam-se a fazer a aproximação à forma desejada e as murças, ao acabamento perfeito da peça trabalhada. 
  • As bastardas, possuem um intervalo entre os dentes superior ao da lima de segundo corte, sendo este intervalo menor ainda na lima murça. As limas para madeira, chamam-se usualmente de grosas e o intervalo entre dentes é superior ao das limas bastardas. Existem limas especiais, de tungstênio e adiamantadas, de finíssima espessura, para trabalhos especiais.
Curso de Mecânica Industrial em CD-ROM

07/05/2010

Feira Internacional de Mecânica

Entre os dias 11 e 15 de maio, se realiza, no Parque de Exposições do Anhembi , em São Paulo, a 28ª Feira Internacional da Mecânica. São quase dois mil expositores e mais de 100 mil visitantes, de 43 países diferentes.

Com público direcionado para o segmento industrial, os expositores estarão em contato com profissionais que fazem parte do processo de compra das empresas. Quem visita a feira procura, principalmente, conhecer as novas tendências da indústria, ver novos produtos, procurar novos fornecedores e encontrar os parceiros.

A principal feira de negócios da indústria na América Latina é também o evento que deu origem às feiras industriais no Brasil, com sua primeira realização em 1959, durante o governo de Juscelino Kubitscheck, que buscava modernizar o país. Atualmente, são 78 mil m2 de tecnologia para alavancar os negócios da indústria, em máquinas, ferramentas, equipamentos hidráulicos e pneumáticos, solda, movimentação, fornos e equipamentos, acessórios, controle de qualidade, automação, manutenção e outros setores.

A visitação da feira é exclusiva para industriais, comerciantes, compradores e técnicos do setor e afins, sendo proibida a entrada para menores de 16 anos, mesmo que acompanhados. É obrigatória a apresentação de cartão comercial.

Para os expositores, é a oportunidade de explorar novos mercados e setores, encontrar seus clientes pessoalmente, expor lançamentos e novidades, gerar novas oportunidades de negócios, consolidar a marca e gerar publicidade nos principais veículos do setor, além de pesquisar o mercado e acompanhar sua evolução.

Simpósio
Paralelamente à Mecânica, ocorre o Simpósio Internacional Mecânica 2010, nos dias 12, 13 e 14 de maio, no Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo. Os principais enfoques do evento serão economia, finanças e negócios, a recuperação e a projeção de crescimento do setor industrial; gestão empresarial; tecnologia e inovação.

Para informações e inscrições, entre em contato com a central de atendimento do evento pelo telefone (11) 3717-0737 ou via e-mail para mecanica.inscricao@reedalcantara.com.br



Curso de Mecânica Industrial


04/05/2010

O que é aço inoxidável ?



  • O aço inoxidável foi descoberto pelo inglês Harry Brearley (1871-1948), que começou a trabalhar como operário numa produtora de aço aos 12 anos de idade. Em 1912, Harry começou a investigar, a pedido dos fabricantes de armas, uma liga metálica que apresentasse uma resistência maior ao desgaste que ocorria no interior dos canos das armas de fogo como resultado do calor liberado pelos gases.


De início a sua pesquisa consistia em investigar uma liga que apresentasse uma maior resistência a corrosão (conhecido como ferrugem). Porém, ao realizar a experiência para revelar a microestrutura desses novos aços com altos teores de cromo que estava a pesquisar, Brearley notou que o ácido nítrico - um reativo comum para os aços - não causava reação alguma.


  • Harry Brearley não obteve uma liga metálica que resistia ao desgaste, a experiência resultou em uma liga metálica resistente a corrosão. A aplicação da descoberta seguiu para a fabricação de talheres, que até então eram fabricados a partir de aço carbono e se corroíam com facilidade devido aos ácidos presentes nos alimentos. 


A resistência a oxidação e corrosão do aço inoxidável deve-se principalmente à presença do cromo, que a partir de um determinado valor e em contato com o oxigênio, permite a formação de uma película finíssima de óxido de cromo sobre a superfície do aço, que é impermeável e insolúvel nos meios corrosivos usuais. Assim podemos definir como aço inoxidável o grupo de ligas ferrosas resistentes a oxidação e corrosão, que contenham no mínimo 12% de cromo.

30/04/2010

Química Tecnológica: Termoquímica


A Termoquímica é a parte da Química que estuda as trocas de calor que acompanham as reações químicas, baseando-se nos estudos da Termodinâmica. As reações químicas podem ser: 

  • Exotérmicas: quando a reação ocorre com liberação de calor (de exo: para fora).
  • Endotérmicas: quando a reação ocorre com absorção de calor (de endo: para dentro). 
Toda substância possui uma quantidade de energia armazenada nas suas ligações. Quando a energia contida nos reagentes é maior que a contida nos produtos, temos uma reação exotérmica, pois ocorre liberação de energia. Quando a energia contida nos reagentes é menor que a contida nos produtos, temos uma reação endotérmica, pois ocorre absorção de energia. 


Essa energia contida nas substâncias recebe o nome de entalpia (H). A variação de entalpia (ΔH) para uma determinada reação química é dada por:

  •  ΔH = HP - HR, onde:
HP é a soma das entalpias dos produtos 
HR é a soma das entalpias dos reagentes. 



  • Quando a reação se realiza a uma pressão constante o ΔH é chamado de calor de reação. Em Termoquímica é usual se expressar as variações de energia nas reações através de quilocalorias (Kcal). A quilocaloria é mil vezes o valor de uma caloria. 
  • Uma caloria corresponde a quantidade de calor necessária para se elevar de 14,5ºC para 15,5ºC a temperatura de 1g de água. Outra unidade usual em Termoquímica é o Joule (J). Uma caloria equivale a 4,18 J.

25/04/2010

Escalas Termométricas

    *Esta postagem foi solicitada por uma leitora do Blog do Professor Carlão através do formulário de contatos. Participe também solicitando temas e postagens através dos comentários ou formulário de contatos. Pergunta: Olá professor por gentileza pode me responder qual a origem de uma escala termometrica? (Andressa Oliveira)
Quando queremos medir a temperatura de um determinado corpo, utilizamos uma escala termométrica, como forma de relacionar o conjunto de números associados às temperaturas. As três escalas termométricas mais comuns são Celsius (ºC), Fahrenheit (ºF) e Kelvin (K). 

O físico sueco Anders Celsius tomou como referência os pontos fixos da ebulição e solidificação da água, atribuindo arbitrariamente o número 0 ao ponto de fusão (PG) e 100 ao de ebulição (PV). 

O físico alemão Daniel Fahrenheit atribuiu dois pontos fixos da mesma forma que Celsius, contudo em misturas diferentes. Fahrenheit fez uma mistura de água, gelo picado e cloreto de amônio e atribuiu à temperatura dessa mistura o valor de 0. À temperatura do sangue humano, atribuiu o valor de 100. Na escala de Fahrenheit, o ponto de fusão é 32 ºF e o ponto de ebulição é 212 ºF. 

As escalas de Celsius e Fahrenheit são consideradas relativas, pois os “zeros” de cada uma dessas escalas deveria corresponder ao estado de mínima agitação, o que não é. Nas temperaturas 0ºC e 0ºF, a agitação das moléculas ainda é muito grande se considerarmos que estas são as temperaturas mínimas nessas escalas. 

Para solucionar isso, Lord Kelvin desenvolveu uma escala absoluta, isto é, uma escala onde o “zero” corresponde ao estado de mínima energia de agitação molecular. A escala Kelvin é expressa através do símbolo K, contudo não se diz “grau kelvin”, nem ºK, apenas “kelvin”. 

Uma interessante característica é a aplicação do termo graus centígrados (referindo-se às cem divisões da escala Celsius), pois quando comparamos com a escala Fahrenheit observamos que a mesma tem 180 divisões de observação da variação da temperatura. Por isso a maneira correta de associar o valor observado da temperatura é referindo-se sempre ao nome do cientista que criou a escala termométrica.





        22/04/2010

        Sistema de Frenagem do Carro

        Parte 1

        – Tudo o que anda tem que parar. Do que adianta estabilidade, dirigibilidade, conforto e potência se na hora de frear houver alguma falha? Por isso, fique atento quanto ao sistema de freios pois a atenção deve ser redobrada com a Manutenção Preventiva. Ele é composto por cabos e cilindros, mas as peças mais importantes são as que atuam efetivamente na frenagem do carro: discos, pastilhas e tambor. Estes componentes agem diretamente na roda do automóvel e fazem o carro parar quando se pisa no pedal. 


        Parte 2 

        - Geralmente, discos e pastilhas ficam localizados na parte dianteira, e são responsáveis por cerca de 70 a 80% da eficiência do freio de um carro. Esse conjunto tem melhor performance, pois dissipa melhor o calor e a água, além de ter manutenção mais simples.

        - Já o conjunto tambor / lona fica alojado na roda traseira. A revisão periódica em oficinas é recomendável a cada 5.000 km. Mas antes disso, dependendo da utilização do veículo, o sistema pode apresentar algum problema. São eles: vibração e desvio de rota na hora de frear, curso muito longo da alavanca de freio de mão, altura do pedal (baixa e alta) e constantes barulhos quando se pisa no freio. Outro componente a ser avaliado é o fluido do freio. 


        Parte 3

        - Como ele absorve a umidade do ambiente, sua vida útil é de cerca de um ano ou 10.000 km. Passando disso, o fluído já estará com uma parcela significativa de água, diminuindo sua eficiência no acionamento dos freios. A falta de fluido pode ocasionar a perda completa dos freios. O desgaste do sistema de freio e a falta de Manutenção Preventiva são garantias certas de graves problemas. O mínimo que pode acontecer é o carro precisar de mais espaço para frear ou mesmo, em casos extremos, não frear na hora em que mais seja necessário.(WebMotors)



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