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20/10/2009

INSPEÇÃO E CONTROLE - AULA 6

É importante observar que o conceito tradicional de controle se aproxima de idéias como: inspeção, verificação, supervisão, coerção, etc. Já o conceito moderno se aproxima de idéias como administração, gerenciamento e aperfeiçoamento.

Controlar um processo significa:

  • conseguir manter ESTÁVEL o desempenho do processo, ou seja, estabilizar os resultados e causas de variação do processo;
  • buscar MELHORAR o desempenho do processo através da eliminação de causas que afetam as várias características de controle do processo que está sendo gerenciado.
  • O controle, na sua vertente que busca ESTABILIZAR e manter uma rotina do processo, visa estabelecer e melhorar continuamente um sistema de padrões, atuando nas causas fundamentais de problemas detectados pela observação de características de controle previamente selecionadas. Portanto, visa obter um processo mais estável e previsível.

Na sua vertente de busca de MELHORIA o controle visa:

  • estabelecer um plano e uma meta de aperfeiçoamento voltados para problemas prioritários dentro dos objetivos da empresa;
  • implementar o plano de melhoria; · atuar nos desvios do plano de forma a garantir que se atinja a meta. A melhoria visa obter um processo cada vez mais competitivo através de uma melhoria contínua do desempenho.

O ciclo PDCA é um método gerencial auxiliar na busca da estabilização, bem como da melhoria do processo. O controle de processo deve ser realizado de forma sistemática e padronizada. Para tanto, todas as pessoas, de todos os escalões da empresa, podem utilizar o mesmo método gerencial denominado Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Action) composto das quatro fases básicas do controle: planejar, executar, verificar e atuar corretivamente. Individualmente nenhuma dessas fases constitui o controle. O controle efetivo é obtido pela sequência e pelo giro metódico dessas quatro fases. É, portanto, um ciclo contínuo, que se inicia e termina com o planejamento.

19/10/2009

INSPEÇÃO E CONTROLE - AULA 5

  • Roteiro para Elaboração do Relatório Técnico.

  1. Objetivo: Descrever os objetivos com clareza, definindo os participantes do grupo de coleta de dados e o que se espera da Inspeção.
  2. Material Utilizado: Nome do equipamento utilizado, número de série, resolução (erro de escala). Coletar também dados do material a ser inspecionado.
  3. Procedimento Experimental: Descrever a inspeção, detalhando o que foi realizado para coletar os dados, através de ilustrações devidamente identificadas, escrevendo de forma simples e objetiva, com vocabulário técnico, visando explicar a inspeção para uma pessoa que não estava presente na coleta de dados.
  4. Dados Obtidos: Apresentar de forma organizada, de preferência em tabelas, identificando suas unidades de medida e seus respectivos erros de escala. Descrever as fórmulas utilizadas para obter os resultados.
  5. Análise Estatística: Devem ser apresentados em tópicos, detalhando passo-a-passo cada dado observado.
  6. Síntese: Conclusão dos resultados de maneira que fiquem expostas as diferentes impressões que se obteve na inspeção. Quantificar comparações, colocando o conhecimento do Inspetor sobre a inspeção.
  7. Conclusão: Expor de maneira pessoal quais foram as impressões que ficaram da Inspeção, deixando claro quais foram as habilidades desenvolvidas com a inspeção.

17/10/2009

INSPEÇÃO E CONTROLE - AULA 4

CONTROLE DO PROCESSO
  • Do processo de produção podem resultar ítens (produtos) não conformes/ defeituosos ou a porcentagem de defeituosos pode variar ao longo do tempo.
  • O que causa a produção de defeituosos é a existência de variação nos materiais, nas condições do equipamento, nos métodos de trabalho, na inspeção, nas condições da mão de obra, e em outros insumos, etc.
  • A variação que ocorre num processo de produção pode ser desmembrada em duas componentes: uma de difícil controle, chamada variação aleatória, e outra chamada variação controlável.
  • Se as variações forem conhecidas, controladas e reduzidas, os índices de produtos defeituosos certamente se reduzirão. Esses dois tipos de variação exigem esforços e capacitação, técnica e gerencial, diferenciados para o seu controle.
  • O CEP auxilia na identificação e priorização das causas de variação da qualidade (separação entre as poucas causas vitais e as muitas triviais) e objetiva controle ou eliminação (aprisionamento) das causas fundamentais dos defeitos.
Os defeitos podem ser separados em:
  • defeitos crônicos (são inerentes ao próprio processo, estão sempre presentes);e
  • defeitos esporádicos (representam desvios em relação ao que o processo é capaz de fazer, são mais facilmente detectáveis).
As causas de variação podem ser separadas em:
  • causas comuns ou aleatórias (são inerentes ao próprio processo, são relativamente difíceis de serem identificadas, consistem num número muito grande de pequenas causas);
  • causas assinaláveis ou especiais (representam um descontrole temporário do processo, são possíveis de serem identificadas e corrigidas, as causas e os efeitos são facilmente observáveis).

16/10/2009

INSPEÇÃO E CONTROLE - AULA 3

  • Controle Estatístico de Processo - CEP.
O controle da qualidade de um processo produtivo envolve a realização das seguintes etapas consecutivas:
  • definição de um padrão a ser atingido
  • inspeção (medir o que foi produzido e comparar com o padrão)
  • diagnóstico das não-conformidades (descrição do desvio entre o que foi produzido e o padrão)
  • identificação das causas dos não-conformidades/defeitos
  • ação corretiva para eliminação das causas
  • atualização dos padrões(produto ou processo)
  • O CEP, Controle Estatístico de Processo, tradicionalmente, é uma ferramenta com base estatística, de auxílio ao controle da qualidade, nas etapas do processo, particularmente no caso de processo de produção repetitivo. Hoje, mais do que uma ferramenta estatística, o CEP é entendido como uma filosofia de gerenciamento (princípios de gerenciamento) e um conjunto de técnicas e habilidades, originárias da Estatística e da Engenharia de Produção, que visam garantir a estabilidade e a melhoria contínua de um processo de produção. Em resumo, visa o controle e a melhoria do processo.
Os princípios fundamentais para implantação e gerenciamento do CEP são:
  • pensar e decidir baseado em dados e fatos;
  • pensar separando a causa do efeito, buscar sempre conhecer a causa fundamental dos problemas;
  • reconhecer a existência da variabilidade na produção e administrá-la;
  • usar raciocínio de prioridade;
  • girar permanente e metodicamente o ciclo de controle (Ciclo PDCA: Plan, Do, Check, Action), visando a melhoria contínua do desempenho;
  • definir o próximo processo/etapa/posto de trabalho como cliente da etapa anterior. O cliente define a qualidade esperada;
  • identificar instantaneamente focos e locais de disfunção e corrigir os problemas a tempo;
  • educar, treinar e organizar a mão de obra visando uma administração participativa e o auto controle.
As principais técnicas de apoio ao CEP são:
  • Amostragem (Inspeção, Planos de Amostragem)
  • Folha de Verificação
  • Histograma/Gráficos
  • Diagrama de Pareto
  • Diagrama de Causa e Efeito/6M/Espinha de Peixe
  • Estratificação
  • Gráficos de Controle (Gráficos de Shewhart)
Atualmente a inovação fundamental em relação ao CEP é que esses princípios e técnicas devem ser compreendidos, e aplicados, por todas as pessoas da organização e não apenas pelos técnicos e engenheiros da área de Qualidade.

15/10/2009

TEORIA DOS ERROS


  • Os erros são classificados em :
Erros grosseiros : São aqueles causados por falta de atenção ou falta de prática do experimentador.
  • Erros de cálculo
  • Erros de leitura ( ler 81 ao invés de 31 )
  • Erro de cópia ( transcrever 645 ao invés de 654 )
  • Erros provenientes do manuseio errado do instrumento.
  • Erro de paralaxe
Para evitar tais erros deveremos:
  • Repetir cuidadosamente as medições ( resultados discrepantes devem ser rejeitados )
  • Adquirir prática com o instrumento medidor.
Erros sistemáticos : são consequências de imperfeições do instrumento, do experimentador e do método usado.
  • Uso de uma escala em condições diferentes daquela em que foi aferida ( em outra temperatura ).
  • Experimentador: Atrasar ou adiantar o cronômetro.
  • Método empregado: negligenciar a ação da temperatura, pressão.
Para evitar tais erros deveremos:
  • Aferir ou calibrar o instrumento antes do uso.
  • Substituir a observação humana por elementos elétricos ( sensores ).
  • Escolher um método adequado para aquela medida daquela variável.
Erros Acidentais ou Aleatórios: São aqueles provenientes de causas indeterminadas , temporárias, variáveis, imprevisíveis e que modificam de maneira irregular e variável o resultado das medições.Os erros acidentais são inevitáveis , não são elimináveis nem completamente corrigíveis .

14/10/2009

INSPEÇÃO E CONTROLE - AULA 2

Qualidade Total
  • É uma técnica de administração multidisciplinar formada por um conjunto de Programas, Ferramentas e Métodos, aplicados no controle do processo de produção das empresas, para obter bens e serviços pelo menor custo e melhor qualidade, objetivando atender as exigências e a satisfação dos clientes. Os princípios da Qualidade Total estão fundamentados na Administração Científica de Frederick Taylor(1856-1915), no Controle Estatístico de Processos de Walter A. Shewhart (1891-1967) e na Administração por Objetivos de Peter Drucker(1909-2005). Seus primeiros movimentos surgiram e foram consolidados no Japão após o fim da II Guerra Mundial com os Círculos de Controle da Qualidade, sendo difundida nos países ocidentais a partir da década de 70.
A Engenharia da Qualidade (Método Taguchi) é um método que otimiza a funcionalidade e os custos globais (tanto do produtor quanto do cliente) combinando técnicas de projeto de experimentos, análise funcional e tecnologia de controle.
  • Projeto de experimento é um assunto especializado que visa medir os efeitos de variáveis do processo ou do produto por meio da realização de experimentos. Um experimento é um procedimento no qual são feitas alterações propositais nas variáveis de modo que se possa avaliar as possíveis alterações nas respostas ou resultados. Um projeto de experimentos consiste de uma sequência de experimentos em que são feitas alterações simultâneas em diversas variáveis segundo um arranjo ortogonal, possibilitando com relativamente poucos experimentos medir com precisão o efeito de várias variáveis.
Diagrama de Causa e Efeito
  • Investiga os efeitos produzidos por determinadas categorias de causas. Criado por Kaoru Ishikawa, o diagrama é composto por uma linha central com ramificações na parte superior e inferior. O efeito, ou seja, o problema, é anotado na extremidade direita da linha central e as diversas categorias de causas de problemas (material,máquina,medida,mão-de-obra e método) são anotadas nas extremidades das ramificações que são levemente inclinadas para o lado esquerdo, dando-lhe um aspecto de espinha de peixe, nome pelo qual é também conhecido.
Folha de Verificação
  • Formulário estruturado para viabilizar e facilitar a coleta e posterior análise de dados, sobre a frequência com que determinado fato ou problema ocorre.
Diagrama de Pareto
  • Gráfico de barras elaborado com base nos dados coletados na Folha de Verificação, sobre as várias causas de um problema ou vários problemas inter-relacionados. Permite priorizar problemas separando os muitos problemas triviais dos poucos vitais. Nos poucos problemas vitais deverão ser concentrados todo foco e atenção, pois respondem por 80% dos resultados indesejáveis. Vilfredo Pareto economista e sociólogo italiano que viveu no século 19 descobriu que 20% da população detem 80% de toda riqueza de um país, premissa universalmente verdadeira, haja vista que nas empresas - aceitas pequenas variações estatísticas - 20% dos itens estocados respondem por 80% do valor total em estoque, 20% dos clientes respondem por 80% do faturamento total do negócio e também 20% dos problemas respondem por 80% de todos os resultados indesejáveis da empresa.

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