01/08/2008

Elementos de Máquinas - Aula 2

Correntes São elementos de transmissão, geralmente metálicos, constituídos de uma série de anéis ou elos. Existem vários tipos de corrente e cada tipo tem uma aplicação específica. Corrente de elos Corrente de buchas Engrenagens Também conhecidas como rodas dentadas, as engrenagens são elementos de máquina usados na transmissão entre eixos. Existem vários tipos de engrenagem. Engrenagens cilíndricas de dentes retos Rodas de atrito São elementos de máquinas que transmitem movimento por atrito entre dois eixos paralelos ou que se cruzam. Roscas São saliências de perfil constante, em forma de hélice (helicoidal). As roscas se movimentam de modo uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. As saliências são denominadas filetes. Existem roscas de transporte ou movimento que transformam o movimento giratório num movimento longitudinal. Essas roscas são usadas, normalmente, em tornos e prensas, principalmente quando são freqüentes as montagens e desmontagens. Cabos de aço São elementos de máquinas feitos de arame trefilado a frio. Inicialmente, o arame é enrolado de modo a formar pernas. Depois as pernas são enroladas em espirais em torno de um elemento central, chamado núcleo ou alma Acoplamento É um conjunto mecânico que transmite movimento entre duas peças. Eixos e árvores Assim como o homem, as máquinas contam com sua .coluna vertebral. como um dos principais elementos de sua estrutura física: eixos e árvores, que podem ter perfis lisos ou compostos, em que são montadas as engrenagens, polias, rolamentos, volantes, manípulos etc. Os eixos e as árvores podem ser fixos ou giratórios e sustentam os elementos de máquina. No caso dos eixos fixos, os elementos (engrenagens com buchas, polias sobre rolamentos e volantes) é que giram. Quando se trata de eixo-árvore giratório, o eixo se movimenta juntamente com seus elementos ou independentemente deles como, por exemplo, eixos de afiadores (esmeris), rodas de trole (trilhos), eixos de máquinas-ferramenta, eixos sobre mancais. Material de fabricação Os eixos e árvores são fabricados em aço ou ligas de aço, pois os materiais metálicos apresentam melhores propriedades mecânicas do que os outros materiais. Por isso, são mais adequados para a fabricação de elementos de transmissão: · eixos com pequena solicitação mecânica são fabricados em aço ao carbono; · eixo-árvore de máquinas e automóveis são fabricados em aço-níquel; · eixo-árvore para altas rotações ou para bombas e turbinas são fabricados em aço cromo-níquel; · eixo para vagões são fabricados em aço-manganês. Quando os eixos e árvores têm finalidades específicas, podem ser fabricados em cobre, alumínio, latão. Portanto, o material de fabricação varia de acordo com a função dos eixos e árvores. Tipos e características de árvores Conforme sua funções, uma árvore pode ser de engrenagens (em que são montados mancais e rolamentos) ou de manivelas, que transforma movimentos circulares em movimentos retilíneos. Quanto ao tipo, os eixos podem ser: Eixos maciços A maioria dos eixos maciços tem seção transversal circular maciça, com degraus ou apoios para ajuste das peças montadas sobre eles. A extremidade do eixo é chanfrada para evitar rebarbas. As arestas são arredondadas para aliviar a concentração de esforços. Eixos vazados Normalmente, as máquinas-ferramenta possuem o eixo-árvore vazado para facilitar a fixação de peças mais longas para a usinagem. Temos ainda os eixos vazados empregados nos motores de avião, por serem mais leves. Eixos cônicos Os eixos cônicos devem ser ajustados a um componente que possua um furo de encaixe cônico. A parte que se ajusta tem um formato cônico e é firmemente presa por uma porca. Uma chaveta é utilizada para evitar a rotação relativa. Eixos roscados Esse tipo de eixo é composto de rebaixos e furos roscados, o que permite sua utilização como elemento de transmissão e também como eixo prolongador utilizado na fixação de rebolos para retificação interna e de ferramentas para usinagem de furos. Eixos-árvore ranhurados Esse tipo de eixo apresenta uma série de ranhuras longitudinais em torno de sua circunferência. Essas ranhuras engrenam-se com os sulcos correspondentes de peças que serão montadas no eixo. Os eixos ranhurados são utilizados para transmitir grande força. Eixos-árvore estriados Assim como os eixos cônicos, como chavetas, caracterizam-se por garantir uma boa concentricidade com boa fixação, os eixos-árvore estriados também são utilizados para evitar rotação relativa em barras de direção de automóveis, alavancas de máquinas etc.

27/07/2008

Parabéns!

Mais uma vez saiu o resultado do Vestibular da UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana, só que dessa vez esse resultado teve um significado diferente para mim. Alguns estudantes do CETEB figuram entre os aprovados deste certame. É uma excelente notícia, sem dúvida, ainda mais que são meus estudantes e acompanhei de perto o esforço deles em busca de uma vaga na Universidade. Um curso técnico é importante,pois possibilita uma melhor chance de figurar no mercado de trabalho. Mas, a Universidade é imprescindível, para que o estudante se torne um cidadão capaz de construir-se intelectualmente e possa transformar com seus conhecimentos a sociedade em que vive.Estou realmente feliz. Espero que Lilian, Suelane, Anderson, Witã e outros que por hora não citei, possam influenciar a outros estudantes a se prepararem em busca de oportunidades melhores!

25/07/2008

Elementos de Fixação

Se você vai fazer uma caixa de papelão, possivelmente usará cola, fita adesiva ou grampos para unir as partes da caixa. Por outro lado, se você pretende fazer uma caixa ou engradado de madeira, usará pregos ou taxas para unir as partes.Na mecânica é muito comum a necessidade de unir peças como chapas, perfis e barras. Qualquer construção, por mais simples que seja, exige união de peças entre si.Entretanto, em mecânica as peças a serem unidas, exigem elementos próprios de união que são denominados elementos de fixação.Numa classificação geral, os elementos de fixação mais usados em mecânica são: rebites, pinos, cavilhas, parafusos, porcas, arruelas, chavetas etc.Você vai estudar cada um desses elementos de fixação para conhecer suas características, o material de que é feito, suas aplicações, representação, simbologia e alguns cálculos necessários para seu emprego.A união de peças feita pelos elementos de fixação pode ser de dois tipos:móvel ou permanente.No tipo de união móvel, os elementos de fixação podem ser colocados ou retirados do conjunto sem causar qualquer dano às peças que foram unidas. É o caso, por exemplo, de uniões feitas com parafusos, porcas e arruelas.No tipo de união permanente, os elementos de fixação, uma vez instalados, não podem ser retirados sem que fiquem inutilizados. É o caso, por exemplo, de uniões feitas com rebites e soldas.Tanto os elementos de fixação móvel como os elementos de fixação permanente devem ser usados com muita habilidade e cuidado porque são, geralmente, os componentes mais frágeis da máquina. Assim, para projetar um conjunto mecânico é preciso escolher o elemento de fixação adequado ao tipo de peças que irão ser unidas ou fixadas. Se, por exemplo, unirmos peças robustas com elementos de fixação fracos e mal planejados, o conjunto apresentará falhas e poderá ficar inutilizado. Ocorrerá, portanto, desperdício de tempo, de materiais e de recursos financeiros.Ainda é importante planejar e escolher corretamente os elementos de fixação a serem usados para evitar concentração de tensão nas peças fixadas. Essas tensões causam rupturas nas peças por fadiga do material. TIPOS DE ELEMENTOS DE FIXAÇÃO Para você conhecer melhor alguns elementos de fixação, apresentamos a seguir uma descrição simples de cada um deles. REBITE O rebite é formado por um corpo cilíndrico e uma cabeça. É fabricado em aço, alumínio, cobre ou latão. É usado para fixação permanente de duas ou mais peças. PINO O pino une peças articuladas. Nesse tipo de união, uma das peças pode se movimentar por rotação. CAVILHA A cavilha une peças que não são articuladas entre si. CONTRAPINO OU CUPILHA O contrapino ou cupilha é uma haste ou arame com forma semelhante à de um meio-cilindro, dobrado de modo a fazer uma cabeça circular e tem duas pernas desiguais. Introduz-se o contrapino ou cupilha num furo na extremidade de um pino ou parafuso com porca castelo. As pernas do contrapino são viradas para trás e, assim, impedem a saída do pino ou da porca durante vibrações das peças fixadas. PARAFUSO O parafuso é uma peça formada por um corpo cilíndrico roscado e uma cabeça, que pode ter várias formas. PORCA A porca tem forma de prisma, de cilindro etc. Apresenta um furo roscado. Através desse furo, a porca é atarraxada ao parafuso. ARRUELA A arruela é um disco metálico com um furo no centro.O corpo do parafuso passa por esse furo. ANEL ELÁSTICO O anel elástico é usado para impedir deslocamento de eixos. Serve, também,para posicionar ou limitar o movimento de uma peça que desliza sobre um eixo.

23/07/2008

Aula de Mecânica Geral - Conceitos de Manutenção

A Manutenção Preditiva consiste na definição e no planejamento antecipado das intervenções corretivas, a partir da aplicação sistemática de uma ou mais técnicas de monitoração, como: • Análise de vibrações de equipamentos rotativos e alternativos, • Análise de corrente e fluxo magnético de motores elétricos, • Análise de óleo lubrificante (tribologia e ferrografia), • Termografia de sistemas elétricos e mecânicos, • Ultrasom para detecção de vazamentos e defeitos de válvulas e purgadores. Essas técnicas são capazes de detectar os defeitos de funcionamento sem interrupção do processo produtivo e com antecedência suficiente para programar as intervenções corretivas, de modo a atingir os seguintes benefícios: • Aumento da segurança e da disponibilidade dos equipamentos, com redução dos riscos de acidentes e interrupções inesperadas da produção. • Eliminação da troca prematura de componentes com vida útil remanescente ainda significativa. • Redução dos prazos e custos das intervenções, pelo conhecimento antecipado dos defeitos a serem corrigidos. • Aumento da vida útil das máquinas e componentes pela melhoria das condições de instalação e operação. A análise estatística dos dados coletados pela Manutenção Preditiva permite ainda: • Identificar equipamentos com problemas crônicos e orientar a sua correção. • Avaliar a eficácia e a qualidade dos serviços corretivos e propor programas de treinamento e a adoção de novas tecnologias, visando o seu aprimoramento. De um modo geral, pode-se afirmar que a aplicação de programas de Manutenção Preditiva em indústrias de processo resulta, a médio e longo prazo, em reduções da ordem de 2/3 nos prejuízos com interrupções inesperadas de produção e de 1/3 nos gastos com a manutenção, após uma fase inicial de investimentos. Manutenção Preventiva • A manutenção deve ser considerada um fator econômico. • A manutenção deve ser planejada, evitando-se improvisações. • Deve existir uma equipe de manutenção especializada. • Deve existir uma informação técnica completa, relativamente aos trabalhos de manutenção de cada máquina ou instalação. • Deve existir uma oficina de manutenção. • Deve existir um almoxarifado de peças sobressalentes. Manutenção Preventiva Conceito É a execução de Inspeção e ou tarefas de reparação que tenham sido planejadas (programadas antecipadamente) para realização em pontos específicos, em tempo para manter a capacidade de operação do equipamento ou sistema. Objetivos • Evitar reparações maiores e de custos mais elevados (ou pelo menos reduzir estas reparações). • Evitar reposições de peças com urgência ou prematuramente. Benefícios da Manutenção Preventiva Maior Segurança Os defeitos imprevistos de certos equipamentos podem causar sérios problemas para as atividades cotidianas, como esterilização parada, cirurgias canceladas, etc. Menor tempo inativo dos funcionários Tem-se observado que quando um equipamento apresenta defeito enquanto está em uso, o operador tende a não iniciar outro trabalho até que esta unidade seja recolocada em serviço e ele poder recomeçar o trabalho. Menos interrupção do serviço Ao reduzir o número de falhas imprevistas do equipamento, se evitará a interrupção dos processos em andamento. Melhor qualidade do produto/análise Com a inspeção e os ajustes periódicos a performance, o rendimento e a precisão dos equipamentos são mantidos. Menor custo de reparações As reparações e os ajustes menores vinculados à manutenção preventiva normalmente têm custos menores que as reparações corretivas, porque a MP necessita de menos pessoal de manutenção, menos conhecimentos especializados e menos peças de reposição. Eliminação de reposição prematura de equipamento O equipamento terá sua vida útil reduzida se não se faz lubrificações e outros ajustes periodicamente. A reposição prematura de um equipamento acarreta gastos desnecessários de dinheiro. Menos equipamentos de reserva Identificação de custos elevados de manutenção A MP, através de seus registros, permite identificar os elementos do equipamento ou do sistema que apresentam custos mais elevados de manutenção e a adoção de medidas para minimizar o problema que pode ser: uso indevido, má operação, procedimentos de manutenção ineficiente e idade do equipamento. Menor controle de peças de reposição A MP supõe a reposição programada de determinados componentes e peças do equipamento. A Reposição planejada permite controlar melhor o estoque de peças de reposição. Observação importante No período de implantação, os custos diretos de manutenção poderão aumentar um pouco, devido aos investimentos iniciais necessários. Bases da Manutenção Preventiva • Inspeções periódicas. • Atuações programadas. • Freqüências definidas pelo fabricante. • Registro de dados. • Análise de custos. • Estoque de peças reservas. O Que se deve incluir na MP Uma análise criteriosa deve ser feita para decidir quais equipamentos ou sistemas devem ser incluídos no programa de MP. Não é necessário que o programa contemple absolutamente todos os equipamentos e sistemas. Aspectos a Considerar • Custo do equipamento e de sua paralisação. • Saúde e segurança do operador. • Processo em que o equipamento está envolvido. • Importância da análise ou controle que se realiza naquele equipamento. Quem deve fazer a MP • Empresas especializadas ou com o fabricante. • Funcionário treinado para MP básica. • Equipe de manutenção própria. Manutenção Corretiva Serviços de reparo em itens com falha, ou seja, consiste no recondicionamento ou substituição das partes de um equipamento e uma vez parado, o reparo da falha (falha funcional) é feito com urgência ou emergência.

21/07/2008

Desempenho Profissional

Já são três horas da manhã, estava concluindo um planejamento semanal das minhas aulas. Toda semana faço isso, aliás, todos os dias, já que esse é o horário que vou dormir, sempre em busca de novidades para apresentar nas aulas. Vou confessar! A semana que passou me deixou meio triste,pois algumas turmas parecem não valorizar a qualidade das aulas, quando perdem tempo com conversas paralelas, motivadas pela ansiedade de estarem próximos a concluir o curso. Acho isso um perigo, pois observo que o mercado de trabalho, só reserva vagas para os que estudam sempre e não somente enquanto estão frequentando um curso. Mas, por força do profissionalismo e do prazer de ser professor em cursos técnicos, preparei as melhores aulas. Ainda bem que fiz isso, pois já estava recolhendo meus papéis e entre eles estava o relatório de um estudante de Mecânica Industrial. Lembrei-me então que não havia feito a leitura deste. Fui observar as impressões que Noel Rodrigues, um aplicado rapaz, havia descrito. Bom observador, ele realmente aproveitou a Visita Técnica, pude notar isso. Mas, o que me chamou mesmo a atenção, foi que ele ressaltou o prazer de ter-me como seu professor, e observar que faço de tudo que é possível para que os estudantes conheçam e pratiquem o que lhes será cobrado pelo mercado de trabalho. Ainda bem que não descuidei de minhas obrigações como educador, caso contrário, estaria em dívida com Noel e outros tantos. Fico grato a Noel Rodrigues e aos que como ele reconhecem os esforços do meu desempenho profissional. Agora sim, posso ir dormir, com a consciência tranquila do dever cumprido.

18/07/2008

Mecânica de automóveis já é trabalho de mulher!

As mulheres já estão invadindo também o universo da mecânica de automóveis, outro reduto profissional tipicamente masculino. Quem vê a carinha de menina, não diz que Angela Demetrio é uma técnica em automobilística e trabalha em uma das maiores autorizadas da Ford, em Santa Catarina, no setor de mecânica. Ela é a única na ativa na Grande-Florianópolis que se tem conhecimento. Com apenas 21 anos, formada pelo Senai (Serviço Nacional da Indústria) em dezembro de 2006, ela já atua no ramo há mais de um ano. Angela enfrenta milhares de desafios diários e, por se tratar de uma mulher com força física inferior a da maioria dos homens, às vezes, precisa aceitar seus limites e pedir ajuda para afrouxar alguns parafusos e porcas. “Mas fico furiosa comigo quando isso acontece”, confessa a menina-mulher que já ensaia seus primeiros passos rumo a um futuro que ela pretende construir cursando a faculdade de engenharia. Na juventude tudo é possível. Preconceito e discriminação são atitudes que boa parte dos jovens pretende banir do mundo. Algumas mulheres são levadas a assumirem “papéis masculinos” pela necessidade, mas outras o fazem por enfrentamento. No entanto, não se pode negar que o mundo inteiro está reavaliando uma série de conceitos. Alguns homens também já estão entrando em territórios dantes femininos e desbancando muitas de nós na cozinha e em outras atividades domésticas. Os dois sexos estão se permitindo experimentar a vida na esperança sempre de alcançar a harmonia, o bem estar. “A profissão tem outros desafios que todos nós enfrentamos. A tecnologia de automóveis se renova quase que diariamente. A gente está sempre tendo que aprender mais e mais. Não se pode reclamar de rotina”, explica a mecânica. Angela já passou por cursos em São Paulo e Porto Alegre de elétrica básica e em equipamentos de diagnóstico – que fazem leitura de problemas com injeção eletrônica, por exemplo. Os colegas de trabalho dizem que ela é companheira deles e não fazem distinção de sexo. Eles se ajudam mutuamente para atingir a satisfação do cliente que é o objetivo final da equipe. Ela não tem pressa de aprender e está sempre pronta para ir onde seu gerente a enviar e trabalha em outras lojas sempre que solicitada. “Estou sempre aprendendo com gente que está no ramo há muito mais tempo que eu”, esclarece a profissional. Angela não sabe se os colegas já se acostumaram a sua presença. “Eu vim na cara e na coragem para enfrentar qualquer coisa, mas acredito que eles me levam a sério”, completa. Como Angela foi parar na oficina: Angela chegou na empresa para trabalhar na recepção. Como a garota sempre prima por fazer um trabalho de excelência buscando reconhecimento, entrou no curso do Senai com o objetivo de esclarecer melhor a clientela a respeito das panes que aconteciam nos veículos. “Sempre quis desde menina trabalhar em profissões ditas como masculinas. Eu queria seguir a carreira militar, mas teria que sair daqui e meus pais não deixaram. Eu não havia premeditado trabalhar na oficina. Tenho um irmão que é mecânico, mas nunca estive nesse ambiente antes e nem fui influenciada por ele. Eu queria mesmo aprimorar meu trabalho na recepção. Eu não entendia nada de mecânica de automóveis. Mas quando fui fazer o curso, tomei gosto pela atividade e fiquei pedindo para o meu gerente me deixar trabalhar na oficina. Na sala de aula eu era a única mulher. Sabia que enfrentaria vários obstáculos. Meu pai quase chorou quando eu disse que ia sair da recepção para a oficina. Às vezes, ainda me pede para sair. A mãe já é mais parceira, embora ache que o trabalho é muito pesado para mim. Realmente, chego em casa , tomo um banho, como alguma coisa e caio na cama cedo”, relata ela, orgulhosa por sua escolha. A moça garante que não vai desistir tão cedo da oficina, porque acha que há muito o que aprender e seu objetivo é cursar engenharia. “Acho que talvez fique mais difícil quando eu ficar mais velha. Mas também acho que esse trabalho só vai acrescentar na minha carreira”, declara. Ela não queria perder os conhecimentos que estava adquirindo no curso e por isso insistiu que se houvesse a prática dentro da própria empresa, iria mais longe e fixaria os conteúdos melhor. Angela explica que o perfil das mulheres mudou. “Falta coragem às pessoas para fazerem o que têm vontade. Ninguém deve desistir dos seus sonhos, porque ninguém pode viver sua vida por você”, ensina.

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